Nesta quarta-feira (1) tem início a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2018, que segue até 8 de agosto. Há 26 anos, 150 países participam do movimento, que tem o objetivo de incentivar e difundir o aleitamento materno como o alicerce de uma boa saúde não só na infância, mas ao longo da vida. No Brasil, as atividades tiveram início na última sexta-feira (27) com o lançamento da Campanha de Aleitamento Materno.
Aqui, a campanha é resultado de uma parceria do Governo do Brasil com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“O leite materno é um recurso natural capaz de combater a pobreza e a desigualdade, empoderar mulheres e proteger a biodiversidade. Ele funciona como a primeira vacina de um bebê, porque o protege de doenças potencialmente mortais e dá todo o alimento que ele precisa para sobreviver”, afirmou o representante da Opas/OMS no Brasil, Joaquín Molina, na cerimônia de lançamento da campanha.
Molina afirma que, mesmo com tantos benefícios, na região das Américas, pouco mais de 54% das crianças são amamentadas na primeira hora de vida, prática que, segundo a OMS, reduz em quase 20% o risco de morte do recém-nascido no primeiro mês. O índice é ainda menor quando fala-se da alimentação feita exclusivamente com leite materno: apenas 34% das crianças são nutridas apenas com leite materno até os 6 meses de idade.
“É muito pouco, precisamos mudar esse cenário. Afinal, amamentação é um dos pilares da vida, essencial para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, do qual, entre outros países, o Brasil é signatário”, disse.
Alimento completoO tema da semana em 2018 é “Amamentação é a base da vida”, que, segundo a coordenadora de ações de aleitamento materno do Ministério da Saúde, Fernanda Ramos Monteiro, expressa a ideia de que o aleitamento é importante não apenas no começo da vida, mas tem benefícios que perduram até a fase adulta.
“A intenção da campanha é mobilizar a sociedade, sobretudo as mães, sobre esse benefício e pedir o apoio de todos para disseminar e aumentar as taxas de aleitamento no Brasil. O leite materno é comida de verdade, tudo o que o bebê precisa: não há necessidade de água, leite, suco. O leite sozinho previne diarreia, doenças respiratórias, sobrepeso, hipertensão e diabetes na vida futura”, afirma Fernanda.
Com informações do Ministério da Saúde
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