O motorista Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), disse em entrevista ao SBT que parte do R$ 1,2 milhão que movimentou vem de negócios como compra e venda de carros.
A entrevista, a primeira de Queiroz desde que o assunto veio a público , foi ao ar no SBT Brasil na noite desta quarta-feira (26).
“Eu sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro, compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro… Sempre fui assim, gosto muito de comprar carro de seguradora, na minha época lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia, tenho uma segurança”, declarou na entrevista.
Queiroz era funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro — filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) — na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda, identificou “movimentações atípicas” de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Queiroz em um período de 13 meses.
A comunicação do Coaf não significa que haja alguma irregularidade na transação, mas mostra que os valores movimentados, ou o tipo de transação envolvida, não seguiram o padrão esperado para aquele tipo de cliente.
Segundo o advogado de Queiroz, Paulo Klein, o ex-assessor “recebeu aproximadamente R$ 600 mil ao longo do ano. Esse movimento de depósito e saque fez com que dobrasse esse valor e se você tirar uma fotografia disso, realmente dá um valor muito alto. Mas quando você vai olhar o filme, você percebe que não faz sentido.”
O ex-assessor falou também dos problemas de saúde que o levaram a adiar os depoimentos ao MP sobre as movimentações financeiras. Queiroz afirmou estar com um tumor maligno no intestino.
“Foi constatado um câncer”, disse. “Tem que operar o mais rápido possível.”
Queiroz disse não estar fugindo do MP. “Quero prestar esclarecimento o mais rápido possível”, afirmou.
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