Um inquérito policial por queda acidental e abandono de incapaz foi instaurado no caso da menina de 8 anos que caiu do quarto andar de um prédio no Parque Três Meninos, na madrugada desta quinta-feira (7), em Sorocaba. O delegado Mário Ayres, do 2º Distrito Policial, é o responsável por comandar a investigação.
Na manhã desta sexta-feira (8), o pai da criança e a mãe biológica estavam previstos para serem ouvidos, já que eles próprios haviam manifestado interesse em depor entre 9h e 9h30.
Os dois, no entanto, não compareceram. “Eu sou humano, não tem problema algum eles não terem comparecido por enquanto. Eles estão com uma filha internada, isso é muito maior”, afirmou Ayres em conversa informal com os jornalistas.
O delegado disse que está disposto a ouvi-los assim que for possível para ambos. Por volta das 11h20, o porteiro do condomínio, Roberto Pinheiro Fernandes, compareceu ao 2º DP para ser ouvido. Há, também, a possibilidade de que a madrasta seja convocada para prestar esclarecimentos.
Ainda durante a conversa, Ayres afirmou não haver pressão para concluir rapidamente as investigações. “Eu sou profissional há mais de 25 anos, vou dar a resposta no meu tempo, esse é meu método de trabalho”, declarou. Uma das dificuldades da investigação, por enquanto, é o fato de que algumas câmeras de segurança apresentam horários registrados incorretamente.
Estado de saúde e andamento
De acordo com o apurado pela reportagem, a menina está em coma induzido no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). A Secretaria Estadual de Saúde não teve autorização da família para divulgar atualizações sobre o quadro clínico da garota.
Segundo o delegado, há a possibilidade de que a jovem seja ouvida caso se recupere plenamente. Ele, porém, comentou que esse depoimento só poderia ocorrer uma única vez e em local adequado, atendendo a legislação específica que prevê situações semelhantes envolvendo crianças.
Objetos foram recolhidos pela perícia para contribuir com as investigações. A tesoura encontrada no sofá e possivelmente usada para cortar a tela de proteção da sacada não deve ser uma prova tão cabal para as investigações. Isso porque, conforme Ayres, por se tratar de um item de uso comum no imóvel, deve haver várias digitais registradas.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul
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