O ex- servidor Fábio Antunes Ferreira, que era lotado no Saae, foi ouvido ontem (12) pela Comissão Processante (CP)que investiga a vice-prefeita Jaqueline Coutinho. Ele negou que tenha prestado serviços particulares a ela durante o seu expediente na autarquia e, questionado pelo vereador Engenheiro Martinez (PSDB), disse não ter feito horas extras como consta na denúncia que deu origem à comissão.
O vereador Anselmo Neto (PSDB), relator da CP, questionou o fato de o servidor ter registradas entradas e saídas no condomínio onde mora a vice-prefeita coincidentes com o seu horário de trabalho no Saae, que era das 8h às 17 h.
O servidor admitiu que, às vezes, prestava serviços para moradores do condomínio fora do horário de almoço, mas não para a vice-prefeita.
Mais depoimentos
Em seguida, foi ouvido o vigilante do condomínio onde mora a vice-prefeita, Rodrigo Fernandes Batista Lima, que disse ter visto o servidor Fábio Antunes Ferreira no condomínio no período vespertino, depois das 14h. Disse também que o servidor do Saae, quase todos os dias, depois desse horário, estava trabalhando no condomínio.
Carlos Eduardo Alves, morador do condomínio, relatou falhas no registro de entrada e saída do condomínio, relatou que conhece o servidor do Saae há cerca de 25 anos, de quem já contratou serviços de pintura, e disse que, no período investigado só o via no condomínio após as 17 horas.
Edith Cardoso, que trabalhou com a vice-prefeita, tendo sido posteriormente transferida para a Secretaria de Cultura e, depois, exonerada pelo chefe do Executivo, disse que Fábio Antunes pegava os filhos da vice-prefeita sempre no horário de almoço. Outra testemunha, Simone Harkoff, cujos filhos estudavam na mesma escola dos filhos da vice-prefeita, disse que o servidor buscava as crianças apenas no horário de almoço.
O último a ser ouvido foi o servidor de carreira Jaime Augusto Rossi Farias, chefe do Setor de Rádio e Telemetria do Saae. Explicou o funcionamento do setor e disse Fábio Antunes não era, na prática, funcionário do setor e que só trabalhava no órgão no período da manhã. Disse não ter questionado a ausência do servidor no período vespertino por acreditar que, como oficial de gabinete, ele estivesse prestando serviços externos em compromissos oficiais, uma vez que se apresentava como indicado da vice-prefeita. Disse, ainda, que ouvira dizer que o servidor levava os filhos da vice-prefeita à escola.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal
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