Autoridades do sistema judiciário e da segurança pública realizaram na tarde desta quinta-feira (22), em frente ao prédio do Fórum de Sorocaba, um ato de repúdio ao projeto de lei nº 7596/17, que define os crimes de abuso de autoridade praticados por agentes públicos.
O projeto de lei foi aprovado pelo Congresso Nacional e seguiu para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o que pode acontecer na semana que vem. As autoridades participantes do ato de ontem querem que Bolsonaro vete o projeto integral ou parcialmente.
Em discurso, o juiz Jayme Walmer de Freitas, titular da 1ª Vara da Comarca de Sorocaba e diretor adjunto de interiorização da Associação Paulista dos Magistrados (Apamagis), disse que o ato teve o objetivo de despertar na população brasileira “o quadro triste e constrangedor que se avizinha” em razão do projeto de lei nº 7596/17. No texto, entre outros pontos, o projeto de lei torna crime a decretação de prisão preventiva manifestamente ilegal e a decretação de condução coercitiva sem prévia intimação.
“Fique registrado que nossa maior preocupação é com a manutenção da luta contra a corrupção e contra a impunidade dos grandes criminosos brasileiros, que pela primeira vez, estão sentindo o peso da verdadeira lei sobre seus ombros”, declarou Freitas. “Tivessem sido idôneos e cumpridores de seus deveres e jamais teriam algo a temer.”
Freitas também leu uma carta da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Apamagis na qual as duas entidades repudiam o projeto de lei. “Uma vez sancionado, o projeto de lei caminhará na contramão do que vem sendo feito no combate à criminalidade, contrariando a escolha feita pelo povo brasileiro nas últimas eleições”, assinala a carta.
O juiz afirmou que o Poder Judiciário e todas as instituições que apoiam o ato “se irmanam no desejo da manutenção da segurança jurídica e da democracia em prol de nossa tão sofrida sociedade”. Acrescentou que por isso essas instituições esperam que Bolsonaro vete o projeto de lei, total ou parcialmente, “pelos graves transtornos que imporá ao sistema de Justiça nacional”.
Entre as autoridades presentes estavam o delegado seccional de Polícia, Marcelo Carriel e o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 7 (Deinter 7), Osmar Guimarães Júnior, os delegados Rodrigo Ayres, Daniela Lara, Marta Cardum, Acácio Aparecido Leite, além de policiais militares, juízes, promotores de justiça e servidores do Fórum. Os organizadores calcularam o público entre 70 e 80 pessoas.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul
Edição – Alessandra Santos
Estão abertas as inscrições para a primeira edição do concurso “Ilumina Sorocaba”, ação que visa…
Um grupo de cinco estudantes da Escola Estadual Mario D’Elia, em Franca, desenvolveu um protótipo…
As Delegacias de Defesa da Mulher, da Polícia Civil de São Paulo, estão mobilizadas na…
O advogado especialista em trânsito e mobilidade urbana, Renato Campestrini, fala sobre os perigos para…
De janeiro a outubro de 2024, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) coletou…
Para incentivar o pagamento de débitos inscritos em dívida ativa e regularizar a situação de…