Nesta quarta-feira, em carta aberta à população, assinada pela prefeita Jaqueline Coutinho, o governo municipal fez alguns esclarecimentos sobre a paralisação do transporte coletivo na cidade.
A interrupção do serviço começou na última segunda-feira por iniciativa do sindicato dos motoristas, como forma de conter a propagação do COVID-19 no município.
Leia abaixo a carta aberta assinada pela Prefeita Jaqueline Coutinho.
Carta aberta à população de Sorocaba
Estamos vivendo dias muito difíceis, que jamais pensamos ter de enfrentar. A pandemia da Covid-19 (novo coronavírus), que parecia tão distante de nós, chegou à nossa cidade e já fez uma pessoa contaminada, comprovada por exames. E temos muitas outras que aguardam pelo resultado desse mesmo exame.
Não bastasse toda a tensão deste momento, em que temos por determinação das autoridades de Saúde para que nos mantermos em isolamento social, longe daqueles que amamos, ainda temos de lidar com uma paralisação total do transporte coletivo. Este foi um ato de radicalismo adotado pelo sindicato da categoria e ilegal, neste momento de calamidade pública, como o que estamos vivendo.
Com a paralisação de 100% desse serviço essencial à população, quem mais sofre são os profissionais que precisam do transporte coletivo para ir ao trabalho. A paralisação atinge especialmente àqueles que cumprem suas responsabilidades em setores considerados de extrema importância neste momento, como as unidades de saúde – públicas e particulares, as unidades de segurança pública, farmácias, mercados e outros estabelecimentos que estão de portas abertas para não deixar as famílias desabastecidas de itens essenciais.
E aqueles que precisam procurar ajuda em caso de doença? Como ficam sem ônibus? O sindicato não pensou nessas pessoas?
Para se ter uma ideia da dimensão do prejuízo que essa paralisação causa, são 399 funcionários da saúde pública que dependem do transporte coletivo para ir às UBSs e UPHs, por exemplo.
Esclarecendo os fatos
O sindicato insiste em dizer que protocolou aviso de paralisação na Prefeitura e Urbes. Isso não é verdade!
A verdade é que uma paralisação como essa deveria ter sido comunicada com 72 horas de antecedência, conforme diz a lei.
Ninguém foi informado disso, nem a Urbes nem a Prefeitura. Muito menos a imprensa, para que as pessoas se preparassem para o que estava por vir.
O sindicato também omite a verdade quando diz que a culpa de não ter transporte coletivo é da Urbes.
O transporte coletivo é um serviço igualitário para todos e todas. Entendemos que não existe igualdade ao oferecer ônibus somente para este ou aquele trabalhador. Todos que precisam sair de casa para emergências precisam poder contar com o transporte coletivo nesse momento.
O sindicato seria ético ao acatar prontamente a liminar da Justiça determinado o imediato restabelecimento do transporte coletivo na cidade. Isso não aconteceu e a população continua padecendo.
A Prefeitura se pauta na verdade, na igualdade dos serviços prestados e na preocupação de preservar a vida da população. Adota atitudes éticas, corretas e que englobam a todos e todas, sem distinção.
Esperamos, sinceramente, que o sindicato tenha consciência de que este não é o momento de medir forças políticas, mas sim, de pensar mais naqueles que precisam.
Jaqueline Coutinho
Prefeita de Sorocaba
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