Para manter fãs, ligas e clubes esportivos atuam nas redes sociais

A Sports Value, especializada em marketing esportivo, projeta que o esporte profissional, em nível mundial, perca mais de US$ 15 bilhões (R$ 78,63 bilhões) por consequência da paralisação ou cancelamento de eventos devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). O estudo realizado pela empresa, indica o meio digital como “fundamental” para lidar com essa fase de isolamento social e recomenda que as marcas apostem em estratégias como o fan engagement (engajamento de fãs) via redes sociais.
Virgílio Franceschi Filho, diretor administrativo da Associação Brasileira de Gestão do Esporte (Abragesp), entende que a pausa pode prejudicar modalidades que não são tão populares no país, como o futebol, e que apresentar conteúdos exclusivos, como bastidores e curiosidades históricas, é um caminho a ser explorado. Segundo o diretor de comunicação da Liga Nacional de Basquete (LNB), Guilherme Buso, esta é a linha que a entidade segue desde 15 de março, quando o Novo Basquete Brasil (NBB) precisou ser interrompido.
Conforme o gerente de marketing do Osasco Audax, Roberto Opice, aproximar atletas e fãs também faz parte da estratégia do clube, ainda mais com o cancelamento da temporada da Superliga Feminina de vôlei. Além de lives durante a semana, o time paulista tem promovido treinos on-line aos sábados, com participação das jogadoras. No último dia 4, por exemplo, as ponteiras Ellen e Jaqueline comandaram uma aula de zumba.
O relatório da Sports Value destaca, também, a exploração da audiência domiciliar consequente do isolamento social como “única na história da humanidade”. Por isso, os profissionais entendem se tratar de um momento para mudar os paradigmas de gestão esportiva no país.
As informações são da Radio Agência Nacional.