Jornalismo

Depoimento de Sergio Moro dura mais de 8 horas na sede da PF, em Curitiba

Após mais de oito horas, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, depois de prestar depoimento neste sábado (02). Moro começou a depor pouco depois das 14h e terminou de falar perto das 23h, no inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro nos trabalhos da PF.

Fontes revelaram que Moro detalhou as acusações contra o presidente, apresentando arquivos digitais que serão avaliados pela polícia, como conversas de WhatsApp, áudios e e-mails trocados com o Bolsonaro e com outros integrantes do governo.

O ex-ministro da Justiça envolveu ainda outros ministros de estado em seu depoimento. A expectativa é que esses ministros sejam ouvidos antes mesmo de Bolsonaro.

O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Se não forem consideradas procedentes, o ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.

O depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, relator do caso, e foi colhido presencialmente por delegados da PF e acompanhado pelos procuradores que tiveram autorização do ministro do STF. São eles: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.

Moro foi questionado sobre as acusações de que Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. As acusações foram feitas pelo ex-ministro quando ele anunciou sua saída do governo, há uma semana.

Informações dão conta de que Moro foi ouvido em uma sala ampla, com a distância recomendada por causa do coronavírus e com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O depoimento foi conduzido pela delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq).

O depoimento também foi marcado por manifestações a favor de Moro, e de Bolsonaro. Os grupos se concentraram em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde o início da manhã deste sábado. Houve um princípio de confusão entre os dois grupos. No entanto, a Polícia Militar (PM) conteve a situação.
André Fazano
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