Após uma correria em busca de botijões de gás de cozinha de 13kg no início da quarentena, a venda do produto normalizou em Sorocaba. Segundo pesquisa feita pelo jornal Cruzeiro do Sul na tarde de segunda-feira (11), em pelo menos cinco comércios de venda de gás de cozinha, a informação é de que a procura pelo produto está estável e não há falta.
Os comerciantes afirmam ainda que não houve reajuste de preço e que os valores são os mesmos antes do início da quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus.
Porém, o Procon Sorocaba afirma que recebeu 16 denúncias relatando aumento abusivo nos valores cobrados pelo gás de cozinha. “Os estabelecimentos foram notificados a prestar esclarecimentos e apresentar notas fiscais de entrada e saída do produto. Após o recebimento dos documentos, os dados foram planilhados e analisados, mas não foi constatado aumento abusivo de valores dentre os casos analisados. Sendo assim, os estabelecimentos não foram autuados, destaca o órgão.
Segundo os proprietários dos comércios, as vendas de botijões de gás de cozinha de 13kg dobraram no início do isolamento social porque muitas pessoas começaram a estocar o produto em suas casas, temendo a falta. Com isso, a procura disparou e os estoques eram vendidos no mesmo dia, sendo necessária a reposição diária dos botijões.
Já a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) disse que o consumo de gás de cozinha (GLP) aumentou em 23% em todo o País, mas não possui dados dos municípios. “Esse aumento ocorreu devido ao necessário isolamento social por conta do coronavírus, com as famílias ficando mais tempo em casa e adotando novos hábitos. O novo comportamento também ensejou a antecipação da compra de um segundo botijão, que resultou em uma escassez pontual de GLP”, diz.
O Ministério de Minas e Energia (MME) permanece monitorando as medidas adotadas para a garantia do abastecimento do gás de cozinha (GLP) em nível nacional, o que já está ocorrendo, com a normalização da distribuição do produto em algumas regiões. “O Ministério de Minas e Energia segue atento às necessidades do mercado de GLP com todos os órgãos públicos articulados com o próprio setor no sentido de preservar o abastecimento nacional”, diz.
Ainda de acordo com a pasta federal, os distribuidores e revendedores estão trabalhando dia e noite para levar o botijão de GLP aos consumidores.
Em uma revendedora da avenida Santos Dumond, em Sorocaba, o botijão é vendido por R$ 78,90 da marca Ultragaz. Conforme o proprietário, no início do isolamento social o estoque diário de 50 botijões era vendido em um único dia. Ele acredita que as pessoas compraram muito mais por medo do que por necessidade.
Já em outra empresa, na Vila Barão, as vendas dobraram no início da quarentena com venda de 60 botijões por dia. Agora, segundo o comerciante, as vendas caíram pela metade e voltaram à normalidade diária. Ele vende o botijão da marca Supergasbras por R$ 78 cada.
O Procon Sorocaba esclarece que o gás de cozinha não é um produto com preço “tabelado”. “Com isso, a abusividade é constatada através do valor de compra e venda dos produtos. Em Sorocaba, verificou-se que os valores de venda oscilam entre R$ 65 e R$ 78 (valores mínimos e máximos encontrados)”, diz o órgão.
O órgão de defesa do consumidor orienta que o consumidor pode registrar denúncias por meio de qualquer um dos canais oficiais:
Aplicativo Procon Sorocaba, site (http://procon.sorocaba.sp.gov.br), Instagram e Facebook: @proconsorocaba, além do Whatsapp (15) 99198-2958, ou ainda pelos telefones 151 ou 156.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul
Edição – Alessandra Santos
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