Categorias: Jornalismo

Twitter exclui mais de 30 mil contas vinculadas aos governos chinês, turco e russo

O Twitter anunciou a remoção de 32.242 contas vinculadas a máquinas estatais chinesas (23.750), turcas (7.340) e russas (1.152) nesta sexta-feira (12). Também foram excluídas cerca de 150.000 contas periféricas responsáveis ​​por “ampliar” o conteúdo divulgado pelas contas principais. Segundo a rede social da Califórnia, essas contas estavam envolvidas em campanhas de desinformação ou promoviam a propaganda de seus respectivos estados. A grande maioria deles vem da China, onde o Twitter é censurado.

Leitores de notícias chinesas e alguns dos ativistas pró-democracia em Hong Kong devem ter perdido vários seguidores nesta sexta-feira. As contas suspensas “tuitavam principalmente em chinês e propagavam informações geopolíticas favoráveis ​​ao Partido Comunista Chinês, insistindo em promover relatos falsos sobre a dinâmica política em Hong Kong”, afirmou a direção do Twitter em um comunicado.

Não é a primeira vez que a rede social americana ataca a propaganda de Pequim. Em agosto passado, 936 contas acusadas de desinformação e “semear desordem” na ex-colônia britânica já haviam sido excluídas.

Mobilizar a diáspora chinesa 

A crise sanitária provocada pelo novo coronavírus acelerou ainda mais o uso do Twitter por instituições e empresas estatais da segunda maior economia do mundo. 

A rede social censurada na China permite mobilizar a diáspora chinesa em torno de questões como a resposta do regime à pandemia de Covid-19 e a adoção de uma lei de segurança nacional no território autônomo.

O objetivo é de atenuar e difundir um discurso oficial, mas também realizar “uma série de atividades de manipulação e coordenação”, especifica o comunicado distribuído à imprensa.

As 23.750 contas que foram parar nos arquivos do Twitter foram seguidas por um exército de “bots”, como dizem os especialistas: quase 150.000 contas falsas, robôs que atuam como caixa de ressonância para reescrever a história sob a perspectiva de Pequim, segundo denúncia revelada pelo The New York Times no início desta semana.  

Esta decisão da plataforma de microblog foi amplamente comentada e aprovada, especialmente em Hong Kong, mas também alvo de críticas.

Muitos acusam as organizações parceiras do Twitter nesta “operação de limpeza”, como o Observatório da Internet de Stanford (SIO) e o Australian Strategic Policy Institute (ASPI), de não serem neutros no caso, porque recebem recursos americanos.

Informações da RFI.

Cibelle Freitas
Compartilhar

Notícias recentes

Coleta de plasma bate recorde em dez meses de 2024, diz Hemobrás

De janeiro a outubro de 2024, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) coletou…

1 hora atrás

Acordo Paulista: Governo de SP promove mutirão presencial para regularização de débitos em atraso

Para incentivar o pagamento de débitos inscritos em dívida ativa e regularizar a situação de…

5 horas atrás

PM que atirou em aluno de Medicina é indiciado por homicídio doloso

Um policial militar que atirou contra um estudante de Medicina, de 22 anos, na última…

8 horas atrás

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

A taxa de desocupação, também chamada de taxa de desemprego, caiu em sete unidades da…

10 horas atrás

27ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica premiou mais de 250 alunos de Sorocaba

22 de Novembro de 2024 às 23:30 Os vencedores da 27ª Olimpíadas Brasileira de Astronomia…

11 horas atrás

Resultado final do CNU será divulgado em 11 de fevereiro

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou, nesta quinta-feira (21),…

17 horas atrás