Pesquisa, realizada pelo Ibope Inteligência e divulgada nesta quinta-feira (6) pela Rede Nossa São Paulo, aponta que 63% das pessoas ouvidas se dizem contra o retorno às aulas presenciais no Estado. Apenas 26% são a favor e 11% não têm opinião formada ainda.
Famílias não se sentem seguras em mandar as crianças e adolescentes para a escola. O principal argumento apontado pelos entrevistados é que “não vale a pena arriscar a saúde dos estudantes, professores e outros profissionais da área” (61%). 58% das pessoas ouvidas “não acreditam que conseguirão manter o distanciamento social entre as crianças pequenas” e para 43% a rede de ensino não tem como garantir a higienização adequada dos ambientes.
Entre aqueles que são favoráveis ao retorno às aulas presenciais em setembro, 65% concordam com o argumento de que “a retomada das aulas presenciais será feita aos poucos, por fases, garantindo a segurança e a saúde dos estudantes, professores e outros profissionais da área”. Para 37%, “a rede de ensino considera um sistema de revezamento de alunos, garantindo menor número dentro da sala de aula e menor circulação durante os períodos.”
Outros 35% entendem que as crianças, jovens e adultos precisam estudar e a mesma porcentagem destaca que é preciso preservar a saúde mental das crianças pequenas.
O governo do Estado de São Paulo anunciou um possível retorno de 35% dos estudantes no dia 8 de setembro desde que 80% das regiões estejam na fase amarela. Anúncios de protocolos para o retorno serão anunciados nesta sexta-feira (7) no Palácio dos Bandeirantes. A expectativa é que o retorno seja adiado.
Rio de Janeiro
A Justiça do Rio de Janeiro determinou hoje (6) que as escolas particulares permaneçam fechadas. A decisão suspendeu o Decreto 47.683, editado em 22 de julho pela prefeitura do Rio, que permitia a reabertura dos colégios privados, de forma voluntária, para o 4º, 5º, 8º e 9º anos, a partir de 1º de agosto.
O desembargador Peterson Barroso Simão, da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, também decidiu que a prefeitura está proibida de expedir qualquer outro ato administrativo para promover o retorno das atividades educacionais presenciais nas creches e escolas privadas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil imposta ao prefeito Marcelo Crivella.
Na segunda-feira (3), as escolas não reabriram mesmo com a autorização para o retorno às aulas presenciais nos colégios particulares. As aulas presenciais estão suspensas desde março, por causa da pandemia de covid-19, e a rede particular manteve as atividades de forma remota, com aulas online.
Com informações do Portal R7 e Agência Brasil
Edição – Alessandra Santos
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