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Editorial: Educação versus estupidez no trânsito (28/08/2020)

Todo acidente é uma infração de trânsito que deu errado e, nesse caso, o pessoal está potencializando o risco de acidentes.

É com esta reflexão que o especialista em trânsito Renato Campestrini fala sobre os perigos a bordo de uma motocicleta ou automóvel, cujos condutores não respeitam a sinalização de trânsito.

E isto não significa apenas respeito aos semáforos vermelhos, onde há equipamentos que registram o avanço no sinal vermelho, ou reduzir a velocidade quando observa a aproximação de um radar.

O respeito ao trânsito começa com educação e cordialidade entre as pessoas que estão compartilhando no momento os espaços públicos e privados autorizados à circulação de veículos.

O respeito ao pedestre que se aproxima da faixa de segurança com a intenção de atravessar a pista e a distância de um metro e meio do ciclista que percorre a via pública ao ultrapassá-lo são manifestações de ordem e respeito à vida de cada motorista.

A coluna Mobilidade Urbana de ontem movimentou os ouvintes que participaram com Renato Campestrini, ao vivo, de maneira intensa, com várias dúvidas, inclusive sobre as mudanças ocorridas no Detran por conta da pandemia do novo coronavírus.

As pessoas ainda estão com dúvidas sobre a forma correta de solicitar documentos digitais e de proceder a outros serviços via internet.

Essas manifestações de dúvida foram respondidas por Renato Campestrini dentro do cabedal de conhecimentos que ele tem.

Contudo, cabe, sem sombra de dúvida, que as autoridades e os governos façam seu dever de casa.

É preciso que o Detran em São Paulo invista mais em campanhas de orientação e esclarecimento dos usuários, especialmente neste período da pandemia.

Essas orientações e campanhas mais eficazes precisam surtir efeito nas pistas também, não apenas no mundo virtual.

Renato Campestrini destacou a importância de o motociclisita, o motofretista, por exemplo, respeitar a legislação de trânsito.

Avançar farol fechado, subir pelas calçadas, cruzar canteiros, colocar em risco a própria segurança e a das demais pessoas sob a alegação de que a entrega está atrasada não justifica as infrações de trânsito.

Ter agilidade, rapidez e economia nas entregas nunca significou cometer infrações ou crimes de trânsito, muito pelo contrário.

Todas essas vantagens apresentadas, na verdade, referem-se ao veículo utilizado: uma motocicleta.

E tal qual, como qualquer outro veículo em trânsito, os motociclistas devem ter comportamentos adequados enquanto pilotam ou conduzem a moto, independente de qual seja a finalidade ou objetivo da locomoção.

Ficar buzinando pelos corredores, acelerando com escapamentos barulhentos não ajuda a abrir caminhos, pelo contrário, irritam, incomodam e podem provocar acidentes.

A moto tem de estar em conformidade com as normas brasileiras, da mesma forma que o condutor tem de estar com a legislação.

A redução no número de acidentes não pressupõe um número maior de motocicletas pelas ruas em detrimento dos demais veículos.

A segurança no trânsito está em cada indivíduo que circula pela cidade, em se ter um comportamento respeitoso e reações naturais de cumprimento daquilo que a legislação determina.

Não se deve jamais buscar desculpas ou justificativas para cometer infrações, pois pior do que levar uma multa ou sofrer danos materiais em um acidente, é tirar a vida de alguém e, logo depois, descobrir que o que fez foi uma verdadeira estupidez.

Cruzeiro FM, número 1 em jornalismo.

Cibelle Freitas
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