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Reforma administrativa não abrange juízes, militares, parlamentares e procuradores

A proposta de reforma administrativa apresentada hoje (3) pelo governo federal abrange os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – da União, dos estados e dos municípios. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Nova Administração Pública foi apresentada hoje (3) pelo Ministério da Economia, em entrevista coletiva virtual.

Segundo o secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Gleisson Rubin, a mudança abrange todos os servidores públicos, mas não altera as regras para os membros do Poder Judiciário, que são os juízes, desembargadores e ministros, do Poder Legislativo – deputados e senadores – e do Ministério Público, que são promotores e procuradores. “Depende que cada poder faça uma proposta ou nossa proposta seja ampliada para os membros. Isso cabe ao Congresso”, explicou. As novas regras também não valem para os militares, que não são enquadrados como servidores públicos.

De acordo com o governo, esses são membros de poderes e têm regras diferentes dos servidores comuns.

Na entrevista, secretários do Ministério da Economia defenderam que as mudanças são necessárias para o equilíbrio das contas públicas. “Não temos a segurança de que o salários dos servidores poderão ser pagos [no futuro, se nada for feito]. Não receber o salário ou receber forma atrasada já é realidade presente em alguns estados brasileiros. O governo federal, a cada ano, vai se aproximando deste tipo de situação”, disse.

O ministério não divulgou o impacto fiscal da reforma, por ainda depender de projetos complementares que ainda serão enviados ao Congresso. De acordo com Rubin, o governo aguarda o andamento da tramitação da PEC para então enviar outros projetos.

O secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade, disse que o objetivo da reforma não é somente cortar gastos, mas de melhorar a gestão. “Não é simplesmente cortar os gastos atuais. Tem um problema maior que é como você faz para gerir uma organização permeada por mecanismos disfuncionais”, afirmou.

Com informações da Agência Brasil

Edição – Alessandra Santos

Cruzeiro FM
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