Categorias: Jornalismo

USP e Unicamp pesquisam vacina por spray nasal contra a Covid-19

Cientistas da USP e da Unicamp estão desenvolvendo uma vacina por spray nasal contra a Covid-19. A vacina traz diversas vantagens em relação ao método injetável, incluindo a atuação direta na mucosa nasal, que é uma das principais portas de entrada do novo coronavírus no organismo humano.

Dessa forma, a perspectiva é que aconteça a eliminação do vírus já no canal de entrada. A vacina está em fase de testes pré-clínicos, em camundongos, e segue para a etapa de escalonamento da produção, realizada na Unicamp.

O escalonamento da produção, conforme a professora Laura de Oliveira Nascimento, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp, que encabeça esse processo, é o momento em que se busca testar se a vacina, desenvolvida em escala laboratorial, pode ser produzida em maior escala, processo que é essencial para uma vacina que se pretende lançar comercialmente. “Existem hoje diversas formulações de vacinas eficazes publicadas e em escala laboratorial. Mas nós sabemos que o escalonamento nem sempre é viável e por esse motivo diversas vacinas não são comercializadas, por não serem escalonáveis”, elucida.

Perspectivas para a vacina

Uma das principais preocupações no contexto da pandemia é a corrida para a disponibilização de uma vacina. No caso da vacina por spray nasal, os professores explicam que os ensaios pré-clínicos, aqueles realizados com animais, devem ser repetidos em outubro. A perspectiva é que até o final de novembro os resultados sejam submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa, para que então sejam aprovados os testes clínicos em humanos e estes sejam iniciados em janeiro ou fevereiro.

Com os resultados clínicos, cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinar se a vacina tem qualidade e se laboratórios tem condições técnicas de formular e fazer. “Isso acontece para qualquer vacina, seja as que estão chegando em estágio 3, seja a nossa que está sendo desenvolvida. A Anvisa é o órgão que protege o consumidor, não a indústria nem a universidade, então é muito importante ter essa segurança”, lembra Marco Antonio.

Após os testes em humanos, a ideia é que a tecnologia seja apoiada por uma empresa com capacidade de produção em larga escala. Para isso, o grupo estuda os parâmetros críticos de produção. “Queremos que a empresa possa realmente produzir e esse trabalho não simplesmente virar mais um artigo, como temos muitos artigos sobre vacina, que são importantes para ter embasamento científico, mas que não viram um produto que pode ajudar a população”, avalia o pesquisador.

Apesar das perspectivas, eles salientam que dependem de uma série de fatores e principalmente de como será a resposta imunológica dos testes em animais. “Tudo depende dos testes. Se os testes rapidamente nos derem uma resposta positiva, o cronograma será facilmente seguido”, frisa a professora Laura.

Com informações do Portal R7

Edição – Alessandra Santos

Cruzeiro FM
Compartilhar

Notícias recentes

Desempenho de Sorocaba nas exportações se mantém positivo e cresce 21,6% no primeiro trimestre

Sorocaba vem apresentando consecutivos indicadores positivos também referentes à balança comercial.  De janeiro a março…

10 horas atrás

Centro Paula Souza divulga calendário do Vestibular das Fatecs

As Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs) oferecem 20.020 vagas destinadas aos…

12 horas atrás

País tem resultado pior de alfabetização em prova federal

O Ministério da Educação divulgou nessa quinta-feira (3) dados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) para o…

13 horas atrás

Daniel Bruson oferece oficinas online e gratuitas de animação

Visando compartilhar experiências de seus processos criativos, o diretor e roteirista sorocabano, Daniel Bruson, conduzirá…

16 horas atrás

Ana Paula Arósio aceita ‘sair da toca’ por cachê milionário em campanha publicitária de suplementos

Longe dos holofotes desde 2010, Ana Paula Arósio "saiu da toca" para participar de uma…

17 horas atrás

Ranking espanhol elege a USP como a melhor universidade da América Latina

Na 61ª posição, a USP é a instituição de pesquisa latino-americana mais bem classificada no…

19 horas atrás