O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que não recebeu um cartão vermelho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelos estudos da equipe econômica para congelar aposentadorias e outros benefícios para bancar o Renda Brasil.
“O cartão vermelho não foi para mim. Conversei com o presidente hoje cedo. Conversamos sobre as notícias dos jornais. Eu lamentei muito essa interpretação porque, na verdade, tem uma PEC falando justamente em devolver a classe política brasileira o comando sobre os orçamentos públicos”, disse Guedes durante o evento Painel Telebrasil 2020.
O ministro garantiu a interlocutores, após o encontro com o presidente, que segue no governo.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro citou notícias que dizem que a intenção do governo é congelar as aposentadorias para garantir recursos para o Renda Brasil. “Eu já disse que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar para os paupérrimos. Quem por ventura vier a propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa. É gente que não tem um mínimo de coração, não tem o mínimo de entendimento como vivem os aposentados do Brasil”, disse.
No domingo, um dos principais assessores de Guedes, o secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o governo estuda desvincular benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, do salário mínimo.
De acordo com o Bolsonaro, “pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado sobre este assunto”, mas que seu governo “jamais” vai congelar salários de aposentados ou reduzir o BPC “para qualquer coisa que seja”. “Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil, vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, destacou.
Edição – Alessandra Santos
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