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Vacina chinesa não apresentou efeito colateral em 94,7% dos 50 mil voluntários

O governo do Estado de São Paulo mostrou hoje (23) os dados dos estudos feitos pela Sinovac sobre os efeitos colaterais da Coronavac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês, em parceria com o Instituto Butantan.

Do total de voluntários, 94,7% não tiveram nenhuma reação adversa. Outros 5,3% sentiram efeitos adversos de grau baixo, como dor no local da aplicação, febre moderada e perda de apetite.

“Esses resultados comprovam que a Coronavac tem um excelente perfil de segurança. Comprovam também a manifestação feita pela Organização Mundial de Saúde há duas semanas, indicando a Coronavac como uma das oito mais promissoras vacinas em desenvolvimento, no seu estágio final, em todo o mundo”, disse Doria.

Começaram na China os testes em crianças e idosos. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a vacina foi aplicada em 422 voluntários e os resultados apontaram 97% de eficácia. Os estudos em crianças têm 552 voluntários de 3 a 17 anos.

“A segurança e eficácia são dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina está pronta para uso emergencial na população. Estamos muito otimistas com os resultados que a Coronavac apresentou até o momento. Isso mostra que o Butantan e a Sinovac estão no caminho certo para a produção de um imunizante contra o coronavírus”, esclareceu o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Os estudos clínicos que estão sendo realizados no Brasil desde julho já aplicaram a vacina em quase 5,6 mil voluntários, sem nenhum registro de reação adversa grave. Eles são acompanhados pelos 12 Centros de Pesquisa distribuídos por 5 estados brasileiros, mais o Distrito Federal.

Dados divulgados hoje (23) pelo governo paulista

Doses da Coronavac

Até dezembro, o Instituto Butantan receberá 46 milhões de doses da Coronavac, sendo 6 milhões de doses da vacina já prontas para aplicação, além de outras 40 milhões de doses que serão formuladas e envasadas no Brasil. Além disso, outras 55 milhões de doses devem ser disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021.

A vacina desenvolvida pela Sinovac Life Science utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas pelo Instituto Butantan.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Instituto Butantan

Edição – Alessandra Santos

Cruzeiro FM
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