O aluno matriculado na rede pública estadual de ensino e que deixar de entregar atividades escolares este ano poderá ser reprovado, admitiu nesta quarta-feira (7) o secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares.
Segundo ele, nenhum aluno será reprovado por desempenho. Mas a reprovação poderá ocorrer para os alunos que não entregaram quaisquer atividades neste ano.
“Obviamente, em um ano normal, se o aluno não alcança ou não aprende as habilidades que são esperadas, se ele não alcança a média [nota] mínima estabelecida, ele pode ser reprovado. Mas não estamos falando disso. Mesmo que o aluno tenha alguma dificuldade [este ano] ou não tenha aprendido determinada habilidade, ele poderá progredir”, disse Soares. “Contundo, os estudantes que não entregarem nenhuma atividade poderão ser retidos ainda neste ano. Mas é um percentual menor [de estudantes nessa situação]”.
“Vamos dar opção [ao aluno] de entregar posteriormente o trabalho. O mínimo que estamos exigindo são os materiais impressos que estão acessíveis a todos os estudantes. Se a família ainda não retirou, pode retirar [esse material] na escola”, acrescentou o secretário.
Por causa da pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais estavam suspensas em todo o estado paulista desde março. Desde então, as aulas das escolas estaduais aconteciam de forma remota e online, sendo transmitidas por meio do aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP), plataforma criada pela secretaria de Educação. Ela também é transmitida por meio dos canais digitais na TV 2.2 – TV Univesp e 2.3 – TV Educação.
Mas, a partir de hoje (7), podem ser retomadas, de forma opcional, as aulas presenciais para estudantes do Ensino Médio, dos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A medida vale para escolas municipais, estaduais e particulares, mas precisa ser autorizada pelos prefeitos. São eles que decidirão se vão seguir ou não o cronograma estabelecido pelo governo paulista.
Ano letivo
O secretário disse ainda que o ano letivo de 2020 e 2021 será trabalhado na rede pública estadual como um ciclo único de ensino. A ideia é fazer a unificação em oito bimestres.
“Essa recuperação [do aluno que teve dificuldades ou que não conseguiu aprender] será avaliada nos últimos oito bimestres, ou seja, [somando] as quatro notas do ano de 2020, mais as quatro notas do ano de 2021, criando um ciclo entre esses dois anos por conta da pandemia”, disse o secretário.
Com informações do Portal R7
Edição – Alessandra Santos
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