O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (20) lamentar a morte de um homem negro espancado por seguranças em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, mas disse que o ocorrido não pode ser classificado como um episódio de racismo. “Digo com toda a tranquilidade para você: não existe racismo no Brasil”, afirmou Mourão.
João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi agredido até a morte na noite de ontem no interior de uma loja da rede. Um dos agressores era segurança do local e o outro, um policial militar temporário. Ambos brancos.
“Pra mim, no Brasil, não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar para o Brasil, não existe isso aqui. Digo isso porque eu morei dois anos nos EUA. Racismo tem lá. Lá o pessoal de cor ficava separado, sentava atrás no ônibus não na frente. Fiquei impressionado com isso, no final da década de 60”, afirmou o vice-presidente.
Para Mourão, o assassinato registrado em Porto Alegre tem a ver apenas um caso de “segurança totalmente despreparada”.
“O que você pode dizer é que aqui existe desigualdade. Temos brutal desigualdade. As pessoas mais pobres, com menos acesso, são gente de cor. Violência policial…naturalmente, os que estão em desvantagem social, vivem em área de favela, expostos ao crime organizado, infelizmente, são pessoas de cor. Essa é a realidade”, declarou.
Mais cedo, também do governo federal, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, se solidarizou e colocou a pasta à disposição da família de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. Nas redes sociais, Damares disse que as imagens do ocorrido causam “indignação e revolta”.
“Nós do @mdhbrasil estamos trabalhando para que nenhum pai de família, ou quem quer que seja, passe por situação semelhante. Aqui trabalhamos com os direitos humanos das vítimas de crimes, política que está em formulação e será em breve apresentada”, disse.
Nesta sexta-feira (20), Damares tinha reunião prevista com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O chefe do Executivo ainda não se pronunciou sobre o caso.
“A vida de mais um brasileiro foi brutalmente ceifada no estacionamento de um supermercado, no Rio Grande do Sul. As imagens são chocantes e nos causaram indignação e revolta”, escreveu a ministra.
“Chega de violência, chega de tanta barbárie. Temos muito trabalho pela frente para mudar essa realidade no país”, declarou. Ela ressaltou que seu ministério está disponível para “prestar toda assistência necessária” à família da vítima. ” “Sintam-se abraçados por nós”, acrescentou. A ministra também parabenizou a polícia gaúcha “pela rápida resposta e prisão dos responsáveis”.
A Polícia Civil do Estado investiga o crime. Os dois homens foram presos em flagrante.
Com informações do Portal R7 e CNN Brasil
Edição – Alessandra Santos
Seguindo um projeto de expansão e reestruturação das unidades assistenciais e de negócios, iniciado em…
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) alerta para a importância da…
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu, na noite desta segunda-feira (13),…
O SOS Sorocaba (Serviço de Obras Sociais), fundado em 28 de novembro de 1968, realiza…
O deputado estadual Edson Giriboni foi entrevistado no Jornal da Cruzeiro nesta terça-feira (14). Ele…
Exportações de Sorocaba crescem 6,6% em 2024. As exportações em Sorocaba cresceram 6,6% no ano…