A urna eletrônica é o aparelho utilizado para a eleições no Brasil há mais de 20 anos. Implantado em 1996, ele está sendo utilizado mais uma vez no pleito municipal deste ano, que terá o 2° turno no domingo (29). Esse sistema técnico foi introduzido nos anos 1990 como resposta aos limites da votação impressa e apuração realizadas manualmente. A apuração do voto impresso levava mais tempo e era mais suscetível a erros.
Desde 1996, já foram 13 eleições empregando a tecnologia. Em entrevista concedida no início do mês à Agência Brasil, o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, destacou que até hoje não houve qualquer indício de fraude.
Os equipamentos são fabricados por uma empresa contratada por licitação pelo Tribunal. Os produtos são inspecionados por técnicos da instituição. As urnas “rodam” um software desenvolvido pelo TSE, que inclui os candidatos e computa o voto.
As urnas têm, em média, vida útil de dez anos. Durante esse período, passam por vários testes entre as eleições. As baterias são carregadas quadrimestralmente. Em caso de queda de energia, as baterias das urnas eletrônicas têm autonomia de funcionamento de mais de dez horas.
De acordo com o órgão, há “camadas” de segurança que impedem a invasão por terceiros e o acesso às informações constantes no aparelho. Se houver tentativa de ataque, este provoca uma reação do sistema que “trava” o programa e impede a sua execução por alguém de fora.
No dia da votação, a urna não opera de forma conectada à internet ou ao sistema do TSE. Assim, não há como acessá-la ou tentar invadi-la remotamente. Conforme o órgão, o equipamento utiliza o sistema operacional Linux, que impede a instalação de programas que permitam a conexão com agentes externos.
Os equipamentos funcionam somente na hora e na data dos pleitos. Neste ano, em razão da pandemia, a votação começou às 7h, mas, tradicionalmente, os pleitos têm início às 8h.
Neste ano, as urnas foram utilizadas no 1° turno, sem registro de fraudes. Houve um atraso na apuração de pouco mais de duas horas. Diferentemente de anos anteriores, em que os resultados eram repassados aos tribunais regionais e destes ao TSE, neste ano o método de apuração adotado foi o de envio direto dos dados ao Tribunal Superior para consolidação da apuração nas cidades.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, pediu desculpas pelo atraso e justificou a demora pelo fato do sistema de informática do tribunal ter tido um problema para processar as informações enviadas e centralizadas nele.
Com informações da Agência Brasil.
Edição – Cibelle Freitas
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