Ao mesmo tempo em que nesta semana ouvimos notícias a respeito da produção de mais de uma fórmula de vacina contra o coronavírus, ouvimos também notícias preocupantes sobre a chamada reinfecção desse vírus.
No Rio Grande do Norte, oito pessoas estão sendo monitoradas pelo Ministério da Saúde com suspeita de terem contraído novamente o vírus e de terem desenvolvido a doença.
Pelo menos uma enfermeira no Rio Grande do Norte foi confirmada com a reinfecção.
Ela adquiriu Covid-19 em junho deste ano e, depois de curada, desenvolveu a doença novamente em outubro.
Isso vem chamando a atenção das autoridades sanitárias e de diversos laboratórios que vêm estudando o comportamento do coronavírus no Brasil.
O caso dessa enfermeira de 37 anos, que adoeceu 116 dias após ter-se curado provocou o Ministério da Saúde.
A pasta reforçou, por conta disso, o alerta de que é necessário que o brasileiro continue mantendo a adoção de medidas preventivas, como o uso contínuo de máscaras, higienização constante das mãos e o uso de álcool em gel.
Além disso, deve-se manter o distanciamento social, evitando aglomerações.
O Brasil vem passando por um período de forte calor, mas o novo coronavírus tem-se mostrado resistente a altas temperaturas para continuar agindo contra o ser humano.
Dessa forma, o governo federal vem buscando o mais rápido possível uma vacina confiável, segura e aprovada pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que todos os brasileiros que desejarem possam ser imunizados.
Ontem, a Anvisa aprovou uma resolução com regras para permitir o uso emergencial de vacinas contra a Covid-19.
Na prática, a agência apenas criou uma norma mais robusta, mas com o mesmo conteúdo de um guia já apresentado na semana passada.
A Anvisa não recebeu ainda pedido de uso emergencial de vacinas.
Apenas as desenvolvedoras de imunizantes que têm estudos de fase 3 em andamento no Brasil podem fazer esse pedido.
Esse uso emergencial, contudo, é restrito a profissionais de saúde ou idosos, preferencialmente em programa do Ministério da Saúde.
A regra não impede, porém, que o Instituto Butantan, por exemplo, peça o uso emergencial da Coronavac em programa do governo paulista.
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou ontem o início da
produção final da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.
Doria afirmou que 11 Estados já negociam a compra do imunizante diretamente com o instituto.
O movimento dos gestores estaduais é uma resposta à demora do Ministério da Saúde em divulgar um plano de vacinação e incorporar maior variedade de vacinas na estratégia federal.
De acordo com o Ministério da Saúde, há quatro vacinas com testes
de fase 3 em andamento no País.
Tem o modelo desenvolvido pela farmacêutica Astrazeneca em parceria com a Universidade Oxford; a da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan; a das americanas Pfizer e Biontech; além da vacina da Janssen-Cilag, da Johnson & Johnson.
O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou que há diferença entre o uso emergencial e o registro da vacina.
No primeiro caso, segundo ele, a aplicação pode ser autorizada ainda com estudos de desenvolvimento da droga em andamento.
Já para o registro é preciso ter finalizado todos os testes em humanos.
Independente de quem seja a vacina, qual delas – ou se todas – será certificada pela Anvisa, o que importa é que o combate a esse mal precisa ser edificado em políticas sérias e comprometidas com a saúde do brasileiro.
Não se pode, diante de um quadro tão ameaçador como este da pandemia, ficarmos ouvindo disputas e embates políticos entre governantes em torno dessa grave situação.
A saúde das pessoas vem em primeiro lugar.
Não devemos, entretanto, esquecermos que nós também temos responsabilidade na prevenção a essa doença.
Por enquanto, a única forma de evitarmos o número crescente dessa contaminação é tomarmos todas as medidas de proteção sanitária e levarmos esse assunto a sério.
Cruzeiro FM, número um em jornalismo!!!
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