O governador João Doria anunciou hoje (22) a 18.ª classificação do Plano São Paulo que entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (25) e vai até o dia 7 de fevereiro. Até lá, nenhuma região poderá avançar às fases amarela e verde, as mais flexíveis em relação ao atendimento presencial.
A região de Sorocaba regride da laranja para a vermelha, assim como as regiões de Presidente Prudente, Bauru, Taubaté, Barretos e Franca. A região de Marília, que já estava no vermelho segue na mesma fase.
Na fase vermelha, que é a mais rígida do plano São Paulo, apenas os serviços essenciais podem funcionar, como farmácias, mercados, supermercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias, hotelaria e serviços de saúde.
Os demais comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.
As demais regiões ficam na fase laranja e nestas áreas está proibida a abertura de serviços não essenciais, como se estivessem na fase vermelha, todos os dias das 20h às 6h e aos sábados e domingos nas próximas duas semanas.
As regiões de Araraquara, Barretos, São José da Boa Vista, Campinas, capital e Grande São Paulo e Baixada Santista regridem da amarela para a laranja.
Já as regiões de Araçatuba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Piracicaba e Registro continuam na fase laranja.
Com a reclassificação anunciada hoje, 78% das regiões estão na fase laranja e 22% na fase vermelha.
Recalibragem do Plano São Paulo
Com a aceleração mais rápida da pandemia, o secretário da Saúde, Jean Gorintcheyn, anunciou a recalibragem do Plano São Paulo, além do cancelamento de cirurgias eletivas para garantir mais leitos para os pacientes com Covid-19.
A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, disse que haverá o endurecimento do parâmetro da taxa de ocupação de UTI Covid para colocar as regiões na fase vermelha do plano: de 80% para 75%.
A região de Sorocaba, por exemplo, tem 76,9% de ocupação de leitos de Terapia Intensiva e por isso os 48 municípios da área voltam para a fase vermelha.
O governador João Doria fez um apelo que as pessoas ajudem a conter a pandemia, evitando as aglomerações nesta segunda onda da pandemia.
“Até que tenhamos milhares de brasileiros vacinados precisamos aplicar medidas para evitar a contaminação no estado de São Paulo”, afirmou Doria.
O governador também disse que o governo paulista não vai ceder às pressões de setores econômicos para um relaxamento nas medidas do Plano São Paulo e citou que este tipo de postura feita em Manaus, capital do Amazonas, resultou no colapso do sistema de saúde da cidade com o aumento dos casos.
Ele também informou que serão abertos mais 756 novos leitos Covid pelo estado e vai reativar o hospital de campanha de Heliópolis, na capital, a partir de 25 de fevereiro.
Com o aumento dos casos da Covid-19, o governo adiou início das aulas presenciais na rede estadual de ensino, que estava marcado para o dia 1.° de fevereiro e desobriga a presença física dos alunos nas fases laranja e vermelha do Plano São Paulo.
Já as escolas particulares estão autorizadas a funcionar seguindo a capacidade de 35% dos alunos nas etapas vermelha e laranja.
Dados alarmantes
O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, reforçou a gravidade da pandemia no estado de São Paulo e desde novembro do ano passado verificam o crescimento da transmissão dos casos.
Por isso, ele afirmou que é preciso frear a circulação das pessoas para conter a transmissão da Covid-19.
O órgão recomendou as medidas apresentadas durante a coletiva de imprensa ao analisar os dados da pandemia, fazendo projeções futuras com base nas taxas de transmissão, mostrando que o estado de São Paulo pode ter o sistema de saúde colapsado nos próximos 28 dias caso as medidas mais restritivas não forem adotadas, com o esgotamento dos leitos de UTI Covid.
Para os próximas dias os cenário é sombrio, segundo João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência. “São Paulo tem o risco de em pouco tempo ter dificuldades de oferecer leitos de UTI às pessoas que necessitem de tratamento”.
O estado de São Paulo tem um óbito a cada seis minutos e o tempo que demora para aplicar medidas necessárias podem aumentar ainda mais esta estatística.
Se os indicadores não melhorarem com a mudança de comportamento das pessoas outras medidas mais restritivas podem ser anunciadas nos próximas dias.
O médico José Medida, membro do Centro de Contingência, disse que o maior número de casos tem sido transmitido dentro do ambiente familiar com contato prolongado de horas entre uma pessoas sem sintomas, ou com poucos sintomas, com outros membros da família.
Edição – Alessandra Santos
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