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Conselho Tutelar identifica pai que obrigou filho a comer maconha; família é de Sorocaba

O Conselho Tutelar de Votorantim identificou o pai que aparece em um vídeo obrigando o filho a ingerir porções de maconha. A gravação teria acontecido após o homem encontrar a droga escondida em casa.

O vídeo circular pelas redes sociais e ganhou repercussão nessa semana, sendo visto mais de 1 milhão de vezes. Nas imagens, o jovem está ao lado do carro e com uma sacola onde é possível ver as porções de maconha. Bravo, o homem obriga o filho a comer o entorpecente.

“Meu filho maconheiro está comendo maconha. Comigo funciona assim: coma! Para fumar é bom, então tem que ser bom para comer. Engula!”, grita o pai.

O jovem tenta justificar o fato de a droga estar em casa falando que teria encontrado na rua e que não seria usuário. O próprio pai é quem ordena que o filho publique o vídeo nas redes sociais.

A princípio, a informação circulando na internet era de que o fato teria acontecido em Votorantim e, supostamente, envolveria um adolescente. Por conta disso, o Conselho Tutelar começou a fazer buscas pela família, mesmo sem receber denúncias de maus-tratos.

As duas pessoas que estão no vídeo foram identificadas nesta semana. Em contato por telefone, o pai do jovem informou que ele tem 20 anos. Os dois são moradores do Jardim Topázio, em Sorocaba, segundo o Conselho Tutelar.

Com isso, o órgão encerrou a apuração sobre o caso. “Este Conselho Tutelar tem a função de de zelar pelos direitos das crianças e adolescentes do município, o que não é o caso da família em menção, vez que se trata de pessoa maior de idade”, explica.

Medida drástica

De acordo com a psicóloga Beatriz Moraes, que é especialista em análise de comportamento, o ideal, nesses casos, é conversar com os filhos para entender o que está levando ao consumo de entorpecentes.

“A família não tem que apoiar o consumo de drogas, mas aprender a colocar os limites de forma saudável. O confronto de forma agressiva pode gerar um efeito contrário, já que geram as emoções negativas e podem levar ao consumo de entorpecentes como uma forma de fuga. Foi uma medida drástica e possivelmente o pai não sabia o que fazer naquele momento”, avalia.

Segundo ela, o primeiro passo nesse caso é entender o que pode estar acontecendo com o filho para que ele procure as drogas. “Qual o papel ou função que esse entorpecente está exercendo na vida da pessoa?”, questiona. A ajuda profissional para tratamento do vício também é indicada.

Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul

Edição – Alessandra Santos

Cruzeiro FM
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