Escolas fechadas, pobreza crescente, casamentos forçados e depressão: após um ano de pandemia, todos os indicadores que medem o desenvolvimento infantil e adolescente recuaram – um retrocesso que afetará uma geração inteira, alertou a Unicef nesta quinta-feira (10).
“O número de crianças com fome, isoladas, abusadas, ansiosas, que vivem na pobreza e são forçadas a se casar aumentou”, revelou Henrietta Fore, diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O comunicado foi divulgado no aniversário de um ano da declaração da pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O acesso à educação, socialização e serviços essenciais, incluindo saúde, nutrição e proteção diminuiu. Os sinais de que as crianças carregarão as cicatrizes da pandemia nos próximos anos são inconfundíveis”, continuou Fore na nota.
O conselho do Unicef faz um apelo para que as crianças estejam “no centro dos esforços de recuperação após a pandemia”. A prioridade deve ser a reabertura das escolas.
A Unicef cita uma série de números preocupantes. Embora a pandemia tenha atingido principalmente adultos mais velhos, crianças e adolescentes com menos de 20 anos representam 13% dos 71 milhões de casos de coronavírus relatados nos 107 países que forneceram dados específicos de idade.
Escolas fechadas
Nos países em desenvolvimento, as projeções mostram um aumento de 15% na pobreza infantil. Entre seis e sete milhões de crianças a mais podem sofrer de desnutrição em 2020 – um aumento de 14% que pode se traduzir em mais de 10.000 mortes adicionais por mês, principalmente na África Subsaariana e no Sul da Ásia. Para 168 milhões de alunos no mundo, as escolas estão fechadas há quase um ano. Um terço deles não tem acesso a educação on-line.
Como resultado do fechamento de escolas e da situação econômica, a pandemia também pode levar ao casamento de 10 milhões de crianças até 2030, somando-se às 100 milhões de meninas já consideradas em “risco de casamento”. Além disso, pelo menos uma em cada sete crianças ou adolescentes passou a maior parte do último ano trancada, aumentando a ansiedade, a depressão e o isolamento.
O coronavírus também tem causado a suspensão das campanhas de vacinação contra outras doenças, como o sarampo, em 26 países, aumentando as ameaças à saúde dos não imunizados.
Com informações da AFP.
Edição – Cibelle Freitas.
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