O governo de São Paulo projeta que, pelos próximos 15 a 30 dias, o estado irá registrar números elevados de contaminação por Covid-19, ainda que abaixo do registrado durante fases mais agudas da epidemia no Brasil, afirmou o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, nesta quarta-feira (19).
Entre terça-feira (18) e esta quarta-feira (19), o estado registrou 16.788 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus e 747 óbitos pela Covid-19. Ao todo, há 3.129.412 casos confirmados e 105.852 mortes acumuladas desde o início da pandemia.
De acordo com Gabbardo, a expectativa de aumento dos números está de acordo com o registrado em outros países que começaram a campanha de imunização contra o novo coronavírus. “Após a vacinação houve aumento no número de casos, sem correspondência nos números de internação”, disse durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O especialista disse que a evolução positiva da pandemia irá depender das medidas adotadas pela população, principalmente as pessoas que já foram imunizadas. Entre elas, destacou o uso de máscaras e observância ao distanciamento físico.
Gabbardo também defendeu a necessidade de avanço da vacinação. Segundo o coordenador do colegiado, Paulo Menezes, “a vacinação não acontece na velocidade que gostaríamos, mas permite avanço progressivo”. Nesta quarta, o governo anunciou a prorrogação da fase de transição até o fim de maio.
De acordo com dados da Fundação Saede (Sistema Estadual de Análise de Dados), o estado registra alta na variação semanal – comparativo entre os sete últimos dias e os sete anteriores – de 11,7% em novos casos e de 5% em novas internações. Novos óbitos entretanto tem queda de 5,3%. Na Região Metropolitana de São Paulo, novos casos crescem 13,5%, novos óbitos, 2,7% e novas internações, 5,0%.
Segundo dados do governo do estado, 9,9 milhões de pessoas foram alvo da campanha de imunização contra a Covid-19: 5,1 milhões receberam as duas doses e cumpriram com o cronograma vacinal e 4,8 milhões receberam apenas a primeira dose prevista e, portanto, devem retornar a um posto de saúde para receber a segunda. Ao todo, foram aplicadas 15 milhões de doses, número superior ao de vacinados uma vez que algumas pessoas receberam duas doses. Primeiras doses aplicadas são 9,9 milhões e segundas doses, 5,1 milhões.
Com informações do Portal R7
Edição – Alessandra Santos
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