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Secretária do Ministério da Saúde defende tratamento precoce e critica escolas fechadas

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou à CPI da Covid, no Senado Federal, nesta terça-feira (25) que um dos maiores erros do combate à pandemia no país foi fechar as escolas. Entre os efeitos negativos, segundo ela, está o de não permitir a “imunidade de rebanho” neste grupo específico.

A resposta foi dada a uma pergunta feita pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), que exibiu um vídeo no qual ela contestava, em 2020, o fechamento de escolas dizendo que ações de restrição como essas impediram a imunização rápida da população.

“Eu preciso que isso seja contextualizado. O efeito rebanho não pode ser utilizado indistintamente para todos os grupos, porque não é possível que a gente vá prever quanto eu tenho que expor da população para esse benefício, o que vai resultar em muitas mortes”, afirmou a secretária, que também é pediatra.

Ela disse ainda não se lembrar de ter se manifestado a favor da tese de imunidade de rebanho em outras ocasiões e afirmou que o Ministério da Saúde jamais defendeu essa tese.

“No meu áudio, se tratava de uma declaração sobre as crianças, e eu era contra a retirada delas das escolas”, explicou Mayra Pinheiro.

“[Fechar as escolas] Foi uma das maiores agressões a essa população. Nós privamos as crianças carentes da merenda escolar e do bem mais importante para transformação social do país, que é a educação”, argumentou ela. “Como pediatra, fiz vários estudos, e hoje nós temos a certeza que as crianças têm 37,5 vezes menos chance de contrair a doença, e a possiblidade de transmissão também é baixa.”

Mayra, considerada uma das principais defensoras do medicamento cloroquina para a covid-19 dentro do Ministério da Saúde, também declarou que tratamento precoce é normal para todas as doenças, em todos os países do mundo.

“Mas é preciso dizer que o Ministério da Saúde nunca indicou tratamento contra a Xovid. Nós estabelecemos doses seguras para que os médicos brasileiros pudessem usar esses medicamentos [cloroquina e hidroxicloroquina] com seus pacientes.”

Mayra é acusada de ter se aproveitado do colapso da saúde no Amazonas, em janeiro deste ano, para defender a cloroquina.

Ela deve se calar quando o assunto for o estado da Região Norte. Isso porque ela obteve no STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus, autorizado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que lhe permite ficar em silêncio sobre o tema.

Com informações do Portal R7

Edição – Alessandra Santos

Cruzeiro FM
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