A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta quarta-feira (9), que o Instituto Butantan, de São Paulo, realize os testes da ButanVac, sua vacina contra a Covid-19, em humanos.
Em nota, a agência informou que antes de iniciar a vacinação dos voluntários, o instituto ainda vai apresentar algumas informações complementares sobre testes em andamento com a vacina.
Durante os testes, o imunizante será aplicado em duas doses com um intervalo de 28 dias entre elas. O estudo deve ser realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
A previsão é de que 6 mil voluntários com 18 anos ou mais participem das fases 1 e 2. “A pesquisa clínica de fase 1 e 2 da ButanVac está dividida em três etapas (A, B e C). Neste momento, está autorizada a etapa A do estudo que vai envolver 400 voluntários”, diz a nota.
O governador do Estado de São Paulo, João Doria, usou sua conta no Twitter para agradecer a Anvisa e afirmou que o Instituto Butantan já tem 7 milhões de doses prontas da ButanVac.
“A Anvisa acaba de autorizar os testes clínicos com a ButanVac, a vacina do Butantan contra a Covid-19, que não depende de insumos de outros países para sua produção. O Instituto Butantan já tem 7 milhões de doses prontas da ButanVac. Grande notícia. Obrigado Anvisa!”, diz a publicação.
A solicitação para a autorização dos testes foi feita pelo Instituto Butantan em 26 de março deste ano. Desde então, foram realizadas diversas reuniões entre o instituto e a Anvisa para tratar da documentação necessária para que a análise do pedido fosse concluída.
Sobre a ButanVac
A ButanVac começou a ser desenvolvida há um ano e utiliza a mesma tecnologia da vacina da gripe, fabricada pelo Butantan, que é criada dentro de ovos embrionados, não havendo necessidade de importação dos insumos.
O imunizante é feito a partir de um vírus de gripe aviária inativado, chamado Newcastle. Esse vírus funciona como vetor para transportar a proteína Spike, que é por onde o coronavírus se liga às células humanas. Esse fragmento da proteína Spike instrui o corpo a induzir a resposta imune contra a covid-19.
De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, a nova vacina usará a proteína da variante de Manaus, cepa do coronavírus que se tornou predominante no país.
Com informações do Portal R7
Edição – Alessandra Santos
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