O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (11) que a decisão final sobre o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras caberá ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e aos governadores e prefeitos.
“Pedi para o ministro da Saúde fazer um estudo sobre máscara. Quem já foi infectado, quem já tomou a vacina não precisa usar máscara. Mas quem vai decidir é ele. Se bem que quem vai decidir na ponta é governador e prefeito, eu não apito nada. Segundo o STF, quem manda são eles. Mas nada como estar em paz com a sua consciência”, disse nesta sexta-feira ao deixar o Palácio da Alvorada.
Nesta quinta-feira (10), o presidente disse que discutia com Queiroga o fim do uso obrigatório de máscaras para quem já foi vacinado contra a Covid-19 e também para quem já contraiu a doença.
A medida contraria protocolos médicos, que recomendam a proteção contra o risco de reinfecção e escape das vacinas que estes grupos ainda correm.
A recomendação de especialistas, porém, é de manter o uso da máscara tanto para os já recuperados da covid como para aqueles que foram totalmente imunizados com as vacinas. Entre os motivos, está o fato de que variantes do novo coronavírus têm maior potencial de escapar de anticorpos naturais ou produzidos em resposta a vacinas.
Infectologias afirmam que além disso, nenhuma vacina tem 100% de eficácia contra a covid, o que possibilita que até os imunizados adoeçam e transmitam a doença a familiares e amigos.
Pouco depois do anúncio, Queiroga afirmou que, na verdade, o ministério ainda estuda a medida, a pedido do presidente, que está “muito satisfeito” com o ritmo de vacinação no Brasil. “O presidente acompanha o cenário internacional e vê que em outros países onde a campanha de vacinação já avançou, as pessoas já estão flexibilizando o uso das máscaras”, afirmou o ministro.
O uso de máscaras foi flexibilizado principalmente em países que têm altos indíces da população vacinada, o que não é o caso do Brasil. Nos EUA, que já desobrigou imunizados a usarem a proteção, 42% já receberam as duas doses. No Brasil a taxa é de 11,18%.
Com informações do Portal R7
Edição – Alessandra Santos
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