Editorial

Editorial: Excelência em saúde(25/06/2021)

Referência em sua área de atuação e importante para a história de vida de muitas crianças e adolescentes que sobreviveram a uma das doenças mais letais no mundo, o Gpaci (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil) celebra neste mês 38 anos de existência.

A festa é comemorada principalmente porque a data está sendo marcada por mais um avanço obtido pela instituição: o setor  de medula óssea.

Com a inauguração de mais esse serviço, o Gpaci, que mantém o Hospital Sarina Rolim Caracante, vai garantir aos pacientes infantojuvenis a possibilidade de fazerem os transplantes em uma ala própria, não precisando mais se deslocarem para outros lugares.

Ainda não há uma data definitiva para a inauguração dessa ala que abrigará dez leitos.

Nesta semana, em entrevista no Jornal da Cruzeiro, da rádio Cruzeiro FM 92,3, a atual presidente do Gpaci, Maria Lúcia Neiva de Lima, celebrou os 38 anos e a conquista do setor de medula óssea, destacando o importante papel da sociedade e da diversidade de voluntários que atuam para ajudar o Gpaci.

Segundo ela, o trabalho e a solidariedade dessas pessoas permitiram à instituição chegar a um nível tecnológico de pesquisa e atendimento na área do câncer infantil que vem resultando, ao longo dos anos, na cura de centenas de crianças e adolescentes de Sorocaba e região.

O Grupo oferece atendimentos em 14 áreas, para 48 cidades da região de Sorocaba.

Só em 2020, foram 33.674 atendimentos, com média de 3.328 por mês.

Tratam-se de números bastante considerados para uma instituição atuante no terceiro setor.

Com disponibilidade de todos os tratamentos no campo da oncologia pediátrica, o Hospital fornece, gratuitamente, medicamentos, exames, procedimentos ambulatoriais e cirurgias.

Pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o Gpaci fornece ainda exames de tomografia, ecocardiograma, ultrassonografia e radiologia para adultos e idosos, além de disponibilizar, para moradores de Sorocaba, auxílio de urgência e emergência pediátrica.

Com a inauguração do setor de medula óssea, a instituição vai dar mais um passo importante para ampliar o atendimento a esses pacientes.

De acordo com Maria Lúcia Neiva, tudo o que é necessário para os transplantes já está pronto, dependendo apenas da autorização do Ministério da Saúde para iniciar esses procedimentos.

O atendimento humanizado é o principal diferencial do Gpaci, justamente porque vai além da manutenção da saúde física dos pacientes que recebem atenção de uma equipe multidisciplinar.

Para evitar uma defasagem educacional de crianças e adolescentes, por exemplo, professores garantem a continuidade dos estudos escolares  ministrando aulas no próprio hospital e de maneira voluntária.

O Gpaci ainda estende a ajuda aos familiares, em especial porque são peças fundamentais na recuperação dos pacientes.

Auxílio social, como o fornecimento de cestas básicas, alimentação e vestuário, é oferecido aos familiares, mesmo porque, na maior parte dos casos, tratam-se de famílias cujos recursos financeiros  são escassos.

Aliás, esse é o principal objetivo da entidade desde quando foi fundada em 1983 por Elizabete Nonato, que viu a dificuldade de muitas mães durante o tratamento da doença dos filhos.

Assim, cerca de 75% dos atendimentos são feitos no âmbito público.

Desde 1992, o Gpaci é referência no tratamento do câncer infantojuvenil.

A partir de 2015, ganhou destaque nas áreas de urgência e emergência pediátrica, e, em 2013, recebeu o título de Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Ministério da Saúde.

O hospital é mantido por meio de doações da iniciativa privada, de pessoas físicas e de membros do setor político.

Arrecada recursos financeiros por meio de eventos, como os tradicionais sorteios de veículos zero-quilômetro, bem como a realização de bazares.

E tudo isso é importante e necessário para que o Gpaci possa continuar mantendo seus atendimentos e aprimorando-se cada vez mais.

O custo para a manutenção dessa estrutura gigantesca é proporcional a seu tamanho, tanto que, para este ano, estima-se um custo de quase 40 milhões de reais.

Assim como vem ocorrendo a diversas entidades assistenciais, a pandemia de Covid-19 afetou bastante o trabalho do Gpaci, justamente porque eventos não podem ser realizados.

Portanto, toda ajuda e doação de voluntários é primordial para que o Gpaci e demais entidades assistenciais possam continuar realizando seus trabalhos de grande relevância para a sociedade.

Cruzeiro FM, número um em jornalismo!!!

Cibelle Freitas
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