Jornalismo

PGR pede que STF investigue Bolsonaro por suposta prevaricação no caso Covaxin

Em nova manifestação encaminhada à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã de hoje (2), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de inquérito para apurar os fatos narrados em uma notícia-crime por três senadores, que atribuíram ao presidente Jair Bolsonaro a suposta prática do crime de prevaricação no caso da vacina indiana Covaxin.

Na petição, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, indicou as diligências iniciais da investigação, entre as quais ouvir “os supostos autores do fato” e o compartilhamento de provas com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado.

A PGR solicitou a instauração de inquérito após ter pedido a Rosa Weber para que se aguardasse a conclusão dos trabalhos da CPI antes da abertura de qualquer apuração judicial. A ministra rejeitou o pedido sob o argumento de que o Ministério Público não poderia ser “espectador das ações dos Poderes da República”. Ontem (1º), ela determinou que a Procuradoria-Geral se manifestasse novamente sobre o caso.

Entenda o caso
A notícia-crime foi protocolada no STF pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Fabio Contarato (Rede-ES) na última segunda-feira (28).

A iniciativa dos parlamentares foi tomada após o depoimento de Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, à CPI da Pandemia, na semana passada. Ele afirmou ter sofrido pressão incomum de seus superiores para finalizar a tramitação da compra da Covaxin, além de ter conhecimento de supostas irregularidades no processo.

O servidor é irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF), a quem disse ter relatado o caso. À CPI, o parlamentar afirmou ter levado o relato do irmão até o presidente, em 20 de março, mas que nenhum providência teria sido tomada desde então. Para os senadores, é necessário investigar se houve crime de prevaricação.

Defesa
Em entrevista à imprensa, antes do depoimento dos irmãos Miranda à CPI, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, disse que a Polícia Federal seria informada sobre o conteúdo das denúncias e que investigaria o caso.

“[Primeiro] não houve favorecimento a ninguém, e esta é uma prática desse governo, não favorecer ninguém. Segundo, não houve sobrepreço. Tem gente que não sabe fazer conta. Terceiro, não houve compra alguma. Não há um centavo de dinheiro público que tenha sido dispendido do caixa do Tesouro Nacional ou pelo Ministério da Saúde”, disse. Na ocasião, Lorenzoni afirmou que um dos documentos apresentados por Luis Ricardo Miranda seria falso.

Nesta semana, o Ministério da Saúde informou que suspendeu temporariamente o contrato de compra da Covaxin. Em nota, a pasta justificou que a medida foi tomada por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU).

Com informações da Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Cruzeiro FM
Compartilhar

Notícias recentes

Cascavel grávida é capturada dentro de casa em São Roque

Uma cobra cascavel foi resgatada na manhã deste sábado (15) em São Roque pela Guarda…

10 horas atrás

GCM detém homem após furto de cabos elétricos de poste na Av. Dom Aguirre

Após receber uma denúncia de furto de cabos elétricos de um poste na Av. Dom…

18 horas atrás

Renasce vence Flamengo no jogo de ida das quartas de final da Superliga B

O Renasce largou na frente nas quartas de final da Superliga B ao vencer o…

19 horas atrás

Jiboia gigante atravessa rodovia Rio-Santos

De acordo com testemunhas, a serpente era uma jiboia, espécie que pode atingir até quatro…

22 horas atrás

Brasileiros poderão sacar dinheiro esquecido no antigo PIS-Pasep em março

Cerca de 10 milhões de brasileiros têm dinheiro esquecido no antigo fundo do PIS-Pasep e…

1 dia atrás

Curso de técnicas de confeitaria, ovos e bombom de Páscoa está com inscrições abertas em Votorantim

O curso gratuito de técnicas de confeitaria, ovos e bombons para Páscoa terá início no…

1 dia atrás