Após ser cancelada em 2020, devido à pandemia de Covid-19, a celebração em homenagem ao nascimento de João de Camargo será retomada neste ano. A cerimônia em comemoração ao 163 anos do religioso, a serem completados na segunda-feira (5), será neste domingo (4), às 10h, na capela do Senhor do Bonfim, conhecida como capela João de Camargo, no Jardim Paulistano, de forma presencial. A celebração também será transmitida on-line, na página da capela no Facebook.
Segundo Dilmar Donizete de Oliveira Nitheroy, responsável pela reza do terço há 14 anos, a celebração será adaptada, por conta da pandemia. Além do tradicional terço, acontecerá a distribuição dos botões de rosa aos participantes. Já a entrega do bolo e da folha de magnólia não serão realizadas.
Ainda conforme Nitheroy, todos as medidas de prevenção à Covid-19 serão seguidas. O número de presentes na celebração será limitado a 20. De acordo com organizador, foram abertas, previamente, inscrições para os interessados em participar da cerimônia. Todos os lugares já estão preenchidos. Quem não conseguiu se inscrever poderá acompanhar o terço nas outras três salas ou do lado de fora do local.
Haverá, também, distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as cadeiras, o uso de máscara de proteção será obrigatório e displays de álcool em gel estarão disponíveis na entrada e em outros pontos da capela.
Segundo Nitheroy, a intenção da celebração anual é manter viva a memória de João de Camargo. “João segue com uma legião de fiéis, não só em Sorocaba, como em outras cidades da região e até em outros estados. João de Camargo tem muita luz. Em vida, ele fez um trabalho maravilhoso na capela e, mesmo depois da partida dele, continua realizando diversas curas. Ele só fez o bem para as pessoas. Não tinha maldade. Foi o tipo de pessoa ungida”, disse Nitheroy.
João de Camargo nasceu em Sarapuí, no dia 5 de julho de 1858, quando a escravidão ainda era vigente no Brasil. Ele, inclusive, foi escravo. O sobrenome Camargo herdou de seu “dono”.
Viveu a maior parte de sua vida em Sorocaba. Após a escravidão, trabalhou como cozinheiro, agricultor, oleiro e até foi militar. Foi casado com Rosário do Espírito Santo por cinco anos.
Na cidade, fundou a Igreja do Bom Jesus do Bonfim das Águas Vermelhas e a Associação Espírita e Beneficente Capela do Senhor do Bonfim. Teve grande influência religiosa. Praticava um sincretismo com traços do catolicismo, de crenças populares e do culto aos orixás.
Dos devotos, ganhou o apelido de Nhô João. Médium, tem a si atribuídas várias curas, milagres e bênçãos. Também trabalhou em prol dos mais necessitados. É considerado santo por seus fiéis.
João morreu no dia 28 de setembro de 1942, em Sorocaba. A sua vida foi contada em diversas biografias, assim como no filme Cafundó (2005), em que é interpretado pelo ator Lázaro Ramos.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul. Reportagem: Vinicius Camargo. Foto: Manuel Garcia.
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