Editorial

Editorial: Entre o acelerador e o volante (10/09/2021)

Desde o dia 23 de setembro de 1997, o Brasil conta com um dos códigos de trânsito mais eficientes do mundo.

Ele é modelo para muitos países no continente americano, porém, na prática, ele não é tão eficiente assim.

O principal culpado dessa realidade é o próprio condutor, o motorista, o motociclista, que, simplesmente, ignoram muitas regras previstas no chamado CTB.

Assinado pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o CTB surgiu com o objetivo de oferecer maior segurança aos condutores e, em especial, aos pedestres com a finalidade de assegurar o bem-estar desses personagens do trânsito no dia a dia.

O Código de Trânsito Brasileiro tem, como meta, a redução do número de acidentes, regrando, por meio de seus artigos, o comportamento dos motoristas e pedestres.

O problema, em questão, é que boa parte dessas pessoas não presta atenção àquilo que determina o CTB e, ocupada com outras coisas, torna-se imprudente no trânsito.

A tecnologia que surge para melhorar a vida das pessoas acaba sendo, também, uma distração a motoristas e pedestres, como é o caso do celular.

Além da falta de atenção dos motoristas, existe a imprudência associada a outros sentimentos que transformam o condutor quando a bordo de um veículo.

Se o motorista respeitasse os limites de velocidade nas vias, reduziria-se cada vez mais o número de acidentes e, por conseguinte, multas.

Muitos reclamam dizendo que radares ou agentes de trânsito só existem para multar o cidadão de bem e sustentar a indústria de multas.

Mas, como sempre diz o especialista em trânsito Renato Campestrini, colunista de Mobilidade Urbana da Cruzeiro FM, radares são equipamentos educativos e não punitivos.

E, para você que não concorda com essa frase, é fácil explicar: se você mantiver os limites de velocidade, respeitar os sinais de trânsito, não ultrapassar farol vermelho e seguir o que diz a lei, por exemplo, não será multado.

Nos últimos dias, o jornalismo da Cruzeiro FM e do jornal Cruzeiro do Sul tem trazido notícias sobre acidentes frequentes que vêm acontecendo na rodovia Raposo Tavares, no perímetro urbano de Sorocaba.

Muitos questionamentos foram levantados em torno de um radar que existe no trecho do quilômetro 97 da rodovia como sendo o vilão de uma série de acidentes registrados ao longo dos tempos.

Tanto assim que o local recebeu o apelido de “radar da morte”, já que acontecem vários acidentes, alguns graves, inclusive com mortes.

Mesmo estando naquele local há anos, usuários justificam os acidentes ocasionados no trecho porque muitos outros motoristas não conhecem o local e quando vêm em alta velocidade tendem a desacelerar drasticamente por conta do radar, sendo eventuais vetores de acidentes.

Mas, de novo, aqui, a mesma observação feita acima: se o motorista respeita a sinalização ao longo do trecho e mantém uma velocidade compatível ao perímetro, duas coisas deixarão de acontecer – multas por excesso de velocidade e acidentes.

Durante o quadro Mobilidade Urbana de ontem, o especialista em trânsito Renato Campestrini afirmou que nós temos todos os requisitos para ter uma via segura.

Só que a gente ainda não tem controle daquilo que vai entre o acelerador e o volante, ou seja, o freio, que aqui podemos fazer uma metáfora com a responsabilidade e a prudência dos motoristas no trânsito.

Enquanto o motorista não desenvolver o senso crítico de que quando está na pista divide espaço com outros motoristas que têm os mesmos direitos e obrigações, o Brasil vai continuar registrando graves acidentes e continuaremos a ver multas e mais multas sendo elaboradas.

Não adianta colocar a culpa no sistema ou nos engenheiros de tráfego se você não faz sua parte.

A segurança no trânsito é uma responsabilidade e um compromisso de todos, portanto, cumprir o que diz o Código de Trânsito Brasileiro é que fará com que a famigerada expressão “fábrica de multas” deixe de ser proferida nos diversos cantos deste país.

Se você respeita a legislação, não tem multa; então, qual é a dificuldade em se fazer o que é certo? Adianta acelerar tudo para ganhar um, dois ou três minutos no máximo à frente daquele que segue as regras de trânsito? Com certeza, não!

Educação no trânsito é uma ação constante e é por isso que a Cruzeiro FM faz sua parte com as campanhas Motorista e Motociclista Legal há mais de dez anos.

As mudanças estão acontecendo, mas ainda falta muito por se fazer.

Abreviar tudo isso só depende de cada um de nós; assim, não hesite, faça sua parte!

Cruzeiro FM, número um em jornalismo!!!

Cibelle Freitas
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