O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (20) que permitirá, a partir do início de novembro, a entrada de viajantes internacionais ao país, inclusive quem chega do Brasil, China, Reino Unido e União Europeia, desde que estejam completamente vacinados contra a Covid-19.
“As viagens internacionais são essenciais para conectar famílias e amigos, para abastecer pequenas e grandes empresas, para promover o intercâmbio aberto de ideias e cultura”, disse Jeff Zients, coordenador de pandemia da Casa Branca, nesta segunda-feira (20).
“É por isso que, com a ciência e a saúde pública como nosso guia, desenvolvemos um novo sistema de viagens aéreas internacionais, que aumenta a segurança dos americanos que estão no país e das viagens aéreas internacionais”, completou.
Em junho do ano passado, o governo americano havia limitado a entrada de estrangeiros de um grupo de países europeus, do Irã e da China. Viajantes totalmente vacinados também precisarão apresentar um teste negativo para o coronavírus três dias antes de embarcarem para os Estados Unidos, disse Zients.
Americanos não vacinados que estão no exterior e que querem voltar ao país terão que passar por testes mais rígidos. Eles precisarão de um teste negativo para o coronavírus um dia antes de embarcarem para os Estados Unidos e deverão ser testados novamente após a chegada.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças também emitirão em breve uma ordem direcionando às companhias aéreas, para que coletem números de telefone e endereços de e-mail de viajantes para um novo sistema de rastreamento de contatos. As autoridades acompanharão os viajantes após a chegada para perguntar se eles estão apresentando sintomas do vírus.
Segundo a Casa Branca, o CDC (sigla em inglês pra Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) será consultado para orientar quais imunizantes serão aceitos.
A ação do governo veio na véspera de uma visita do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que deveria pressionar Biden para suspender as restrições. As autoridades britânicas esperavam que o presidente americano anunciasse um relaxamento das medidas quando ele foi em junho à Cornualha, na Inglaterra, para a reunião da cúpula do G7, mas as mudanças não aconteceram.
As autoridades britânicas observam que os Estados Unidos não impuseram uma proibição semelhante aos cidadãos de países caribenhos, que apresentavam um índice maior de infecção em relação à Grã-Bretanha, ou aos turistas da Argentina, que tinha uma menor porcentagem de sua população vacinada. Cerca de 82% das pessoas na Grã-Bretanha com mais de 16 anos já tomaram as duas doses da vacina.
A União Europeia e a Grã-Bretanha permitiram que pessoas totalmente vacinadas dos Estados Unidos viajassem sem quarentena. As autoridades locais ficaram incomodadas quando os Estados Unidos não fizeram o mesmo com os europeus.
Segundo autoridades europeias, a proibição manteve famílias separadas desde março de 2020, quando o ex-presidente Donald Trump a anunciou pela primeira vez, quando o coronavírus estava em erupção em toda a Europa. Os países europeus resistiram a uma terceira onda de infecções impulsionadas pela variante Delta. Mas em vários países, incluindo a Grã-Bretanha, as taxas de infecção começaram a se estabilizar e até diminuíram.
Com informações do Portal R7
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