O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante sessão da CPI da Pandemia, no Senado.
Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 decidiram, em reunião virtual na manhã desta terça-feira (12), cancelar a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O depoimento dele à comissão estava marcado para próxima segunda-feira (18).
O presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), confirmou a desistência e disse que um novo depoimento de Queiroga não acrescentaria informações relevantes, já que ele foi ouvido em outros momentos.
No lugar de Queiroga, a CPI ouve, no dia 18, o médico pneumologista Carlos Carvalho. Os senadores querem saber se ele teria solicitado o adiamento da reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para análise de um relatório que vetava o uso do “kit Covid”.
Parentes de vítimas também são esperadas na reunião da próxima segunda. Omar Aziz confirmou o calendário inicial anunciado por ele. A leitura do relatório final elaborado por Renan Calheiros (MDB-AL) será na terça-feira (19). A votação do documento está mantida para o dia seguinte. Aziz também descartou prorrogação dos trabalhos da CPI.
Nova convocação
A terceira convocação de Queiroga foi aprovada na quinta-feira (7). A solicitação já vinha sendo discutida entre os senadores, mas não havia consenso. O que ajudou a pressionar a aprovação do requerimento foi a retirada de pauta da reunião da Conitec do item que previa a discussão sobre o relatório contrário ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina em pacientes com Covid-19 ou com suspeita da doença que foi elaborado pelo grupo técnico.
Na segunda-feira (11), Marcelo Queiroga confirmou estar “à disposição” CPI. “Não só do Senado, mas da Câmara, da Procuradoria da República, do poder Judiciário, mas, sobretudo, do povo brasileiro”, disse Queiroga a jornalistas na porta do ministério.
Relatório Conitec
O documento da Conitec revisou tecnologias avaliadas em nove diretrizes nacionais e internacionais para o tratamento ambulatorial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19 e concluiu, por exemplo, que há incertezas sobre o benefício do uso de ivermectina em pacientes com a doença.
Além disso, o relatório constatou que “azitromicina e hidroxicloroquina não mostraram benefício clínico e, portanto, não devem ser utilizados no tratamento ambulatorial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19”.
Outro trecho do relatório frisou que “em relação aos eventos adversos, hidroxicloroquina ou cloroquina aumentaram a ocorrência de eventos adversos” em pacientes com Covid-19.
“Houve mais eventos adversos dentre os pacientes que fizeram uso de hidroxicloroquina. Os eventos mais comuns foram diarreia, náusea e vômitos. O risco de cardiotoxicidade e arritmias é incerto.”
Com informações do Portal R7
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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