Sorocaba voltará a ter a chamada Operação Delegada, aquela em que policiais militares, que quiserem, poderão trabalhar nas folgas da corporação para redobrar o policiamento e garantir mais segurança ao cidadão.
O anúncio foi feito oficialmente pelo prefeito Rodrigo Manga na quarta-feira, durante sua entrevista semanal no Jornal da Cruzeiro, da Cruzeiro FM 92,3.
Ele adiantou que o contrato já está sendo analisado pelo governo estadual e que vai custar aos cofres públicos municipais cerca de 1 milhão e 600 mil reais por ano.
Chamada hoje de Operação Delegada, essa iniciativa teve seu primeiro contrato com Sorocaba em 16 de abril de 2013, durante a gestão do então prefeito Antônio Carlos Pannunzio.
À época, ela era chamada de Atividade Delegada.
Essa ação trouxe resultados positivos para Sorocaba, inclusive com inúmeros flagrantes de crimes, em especial, assaltos.
No entanto, em fevereiro de 2017, o então prefeito José Crespo mandou romper o contrato, sob a justificativa de que não faria sentido a prefeitura pagar por um serviço cuja atribuição é do Estado.
Na ocasião, ele argumentou que o cancelamento do contrato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública foi por uma questão conceitual e não financeira.
O serviço, quando criado, começou com 40 policiais militares, mas terminou, segundo dados oficiais da Polícia Militar, com oito policiais.
Isso se justifica porque o policial militar não é obrigado a aderir à iniciativa.
O programa Operação Atividade Delegada foi oficialmente criado pelo governo estadual em 2009 e, em primeiro de setembro daquele ano, a cidade de São Paulo fazia sua adesão, sendo a primeira, no Estado, a iniciar o programa.
Sorocaba fez a adesão em abril de 2013, encerrando a atividade em 2017.
Depois de mais de quatro anos, o prefeito Rodrigo Manga anuncia a volta da Operação Delegada.
A intenção da prefeitura é de que o município tenha à disposição, em média, 15 policiais militares por dia, tendo um reforço aos finais de semana, com 20 policiais em 10 viaturas.
Com isso, Sorocaba teria a oportunidade de contar, ainda, com operações especiais, além da segurança reforçada no dia a dia.
Para não sacrificar os policiais em seus dias de folga, a proposta do governo municipal é de que os agentes atuem em turnos de trabalho de 8 horas por dia, com intervalo mínimo de 12 horas entre suas ocupações oficiais.
Pelo convênio, a prefeitura paga os policiais, porém seria utilizada toda a estrutura estadual, como se estivessem em escala normal de trabalho, para a execução do programa.
Na entrevista na Cruzeiro FM, Manga garantiu que já possui o recurso necessário para que a Operação Delegada tenha início no final de novembro deste ano, porém, o dinheiro em cofre, segundo ele, já está disponível para cobrir todo o ano de 2022.
Para isso, basta o governo estadual assinar o convênio.
Ontem, os vereadores em Sorocaba discutiram a proposta e depois de uma longa sessão extraordinária, que terminou no final da tarde, o projeto de Lei do Executivo foi aprovado.
Os policiais na Operação Delegada vão ajudar no patrulhamento nas ruas, nas rondas ostensivas, nos chamados pancadões, vão coibir aglomerações e monitorar prédios públicos municipais em todas as regiões de Sorocaba.
Desde setembro, o prefeito de Sorocaba vem negociando com o governo do Estado a volta da Operação Delegada.
A segurança, com certeza, é um dos itens prioritários para garantir mais qualidade de vida às pessoas, em especial, quando estão pelas ruas cumprindo compromissos, oportunidade em que os criminosos agem.
Portanto, investir em segurança pública é muito mais do que obrigação dos governos, é garantir a ordem pública, princípios, valores e normas que devem ser observados em uma sociedade dita organizada.
Cruzeiro FM, número um em jornalismo!!!
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