O Dia do Professor, comemorado nesta sexta-feira, dia 15 de outubro, é uma data para celebrar a profissão que serve de base para todas as outras da nossa sociedade.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo possui mais de 200 mil docentes, sendo que mais de 160 atuam diretamente nas salas de aulas. A grande maioria (71%) são mulheres, contra os 29% de homens. A média de idade varia apenas em 1 ano, sendo 45 para as mulheres e 44 para os homens. Já os profissionais de ambos os sexos há mais tempo na rede atuam desde 1977 (44 anos) e os dois possuem 73 anos de idade.
“Os nossos professores se mostraram verdadeiros profissionais comprometidos com a profissão neste período tão difícil. Eu recebi diversas mensagens de educadores que não viam a hora de voltar para a sala de aula. São Paulo foi o primeiro estado a realmente colocar os profissionais da Educação como prioridade para a vacinação contra Covid e o resultado é que hoje temos 97% dos nossos servidores com o calendário vacinal completo”, afirma o Secretário Estadual da Educação Rossieli Soraes.
Independente do perfil, todos os professores da rede estadual, mesmo durante a pandemia, se esforçaram ao máximo para que seus estudantes continuassem aprendendo.
Superação pessoal e profissional
Para a professora Edmea Oliveira, da Escola Estadual Dom Agnelo Cardeal Rossi, o período da pandemia se encontrou com outro desafio em sua vida. Diagnosticada com câncer de mama, em 2018, já no ano seguinte, 2019 a docente passou por uma cirurgia.
Em 2020 no final de seu tratamento ela continuou lecionando remotamente e montou em sua casa uma pequena sala de aula. Agora em 2021 após este longo período sem contato com os alunos ela voltou a escola.
“Nesse Dia dos Professores quero dar parabéns a todos os professores que diariamente trabalham com dedicação, amor e carinho. Que continuem sempre com essa dedicação. Nossas crianças precisam muito de nós, a nossa profissão faz toda diferença na vida deles, eles se inspiram em nós. Precisamos incentivá-los a estudar, precisamos com muito amor e dedicação superar todas as dificuldades que venham aparecer em nosso dia a dia”, diz Edmea.
Alfabetização
Antes cotidiana nas aulas do 1º ano do ensino fundamental, a alfabetização passou a ser uma das maiores dificuldades educacionais da pandemia. Para não deixar nenhum aluno para traz, a professora Cláudia Ferreira da Escola Estadual Brasílio Machado, na capital, ainda no começo da quarentena imprimiu diversas atividades e as entregou para os pais. A educadora também criou uma sala de aula em sua garagem e gravou alguns vídeos para explicar a matéria.
“Na minha sala havia 27 alunos. Fiquei desesperada, pois ficamos no presencial apenas uns trinta dias. Então, fiquei uns dias com insônia, pensando no que faria” relata Cláudia.
O resultado de todo o empenho foi mais de 90% de sua classe totalmente alfabetizada, mesmo no ensino remoto. “Em maio mais ou menos comecei a receber relatos dos pais que os filhos estavam lendo. Eu nem acreditei, fiquei muito emocionada. Percebi que realmente estava dando certo”, completa.
Ainda outra surpresa, o pai de um aluno estrangeiro, que não falava português, também foi aprendendo o nosso idioma com os vídeos que a professora mandava. “Tinha um pai, que ao acompanhar com o filho, aprendeu algumas coisas de língua portuguesa junto com o filho”, relembra.
Claudia ainda exalta a ajuda que teve de suas colegas de profissão. “A coordenadora Fátima foi fundamental neste ano, pois, além de nos ajudar, nos escutava, aconselhava, orientava e ouvia nossas reclamações e inseguranças. Recebi ajuda também da professora Elaine, sempre ajudando a entender as plataformas que os alunos precisavam acessar, e a professora Heune, foi fundamental com sua ajuda no reforço”, finaliza.
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