O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a ampliação de financiamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI) a países mais pobres e vulneráveis. A declaração foi dada nesta quinta-feira (14) durante reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), em Washington, nos Estados Unidos.
Guedes defendeu a abertura de novas linhas de financiamento, com condições acessíveis, a países com economia mais frágil e que ainda não são aptos aos programas do FMI. Para isso, ele pediu para que as economias avançadas contribuam mais para o Fundo para a Redução da Pobreza e para o Crescimento (PRGT, da sigla em inglês).
O ministro também falou sobre a importância de criar o Fundo de Resiliência e Sustentabilidade (RST, da sigla em inglês). Na visão dele, esse fundo financiaria reformas econômicas estruturais em países em desenvolvimento, de baixa renda ou com restrições de mercado, a longo prazo.
Durante a reunião, foram discutidos temas como a necessidade de enfrentar as desigualdades, que aumentaram após a pandemia de Covid-19. Os membros do comitê defenderam a promoção da vacinação como forma de conter a propagação do coronavírus.
Os participantes se comprometeram a dar prioridade aos gastos com saúde, principalmente aos países mais vulneráveis. O colegiado ressaltou que dará atenção especial ao fornecimento de vacina, produtos de saúde e insumos médicos essenciais aos países em desenvolvimento.
Outra decisão foi a de promover medidas de ajuste de curto prazo para reduzir a dívida pública nos países que gastaram mais nas ações de enfrentamento à pandemia. O comitê quer que os governos dessas nações pensem em medidas, em médio prazo, para a retomada do crescimento sustentável, com inclusão social.
Entrada na OCDE
Paulo Guedes afirmou que o Brasil cumpre os requisitos necessários para fazer parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne as economias mais industrializadas do mundo. Em reunião com o secretário-geral da organização, Mathias Cormann, na última quarta-feira (13), o ministro disse que o Brasil aderiu a 100 dos 247 instrumentos legais da OCDE e pediu a adesão a 46 instrumentos.
Guedes declarou que o país tem tomado medidas para se adaptar às normas para a melhoria do meio ambiente, a fim de incrementar a oferta de serviços ambientais.
Durante a conversa, o ministro afirmou que a entrada do Brasil na OCDE trará ganhos não apenas ao país, por atrair investimentos, mas também à organização, que terá a contribuição de uma grande economia emergente.
O Brasil será o único país a fazer parte, simultaneamente, como membro-pleno da OCDE, do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) e do Brics (que reúne as cinco principais economias emergentes do planeta), caso seja aprovado na organização.
As informações são do portal R7. Foto: Reprodução.
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