Os primeiros números da pesquisa que o Butantan está realizando sobre a imunidade da população de Serrana, cidade do interior de São Paulo onde foi realizado o Projeto S, estudo de efetividade da vacina CoronaVac, mostrou que 99% dos moradores desenvolveram anticorpos para se defender contra a infecção por Covid-19 três meses após receber a segunda dose.
Esse indicador foi superior aos resultados dos ensaios clínicos de fase 1 e 2 da CoronaVac, que mostraram soroconversão em torno de 97% e 98%, respectivamente, dependendo da dose.
Os números preliminares têm como base a primeira etapa da avaliação sorológica, quando foram coletadas amostras de 3.903 voluntários de Serrana interessados em participar da pesquisa, entre julho e agosto.
A segunda etapa da avaliação sorológica está em andamento. O estudo envolve todos os maiores de 60 anos e parte dos menores de 60 anos vacinados no Projeto S, conforme aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.
Na sequência, os pesquisadores vão avaliar a imunidade celular dos voluntários e entender como os anticorpos se comportam com seis, nove e doze meses. Gustavo ressalta, porém, que ter mais anticorpos não quer dizer estar mais protegido contra a doença. “Uma pessoa pode ter dez, outro 20 e outro 50. Será que a pessoa que tem 20 tem mais chance de pegar a doença do que a que tem 50? A princípio, parece ser uma coisa lógica, mas a realidade biológica é diferente. Existem outros fatores que protegem alguém do vírus”, elucida.
Em maio, dados preliminares do Projeto S mostraram que a imunização da população adulta de Serrana fez os casos sintomáticos de Covid-19 despencarem 80%, as internações, 86%, e as mortes, 95%.
De acordo com Gustavo, o número de internações por Covid-19 na cidade segue baixo, mas as medidas de proteção devem ser mantidas. “O que estamos vendo hoje no Brasil, de redução de internações, de casos e diminuição de transmissibilidade, já vimos em Serrana no mês de maio, junho. Observar o que acontece em Serrana é essencial para ver o que acontecerá no Brasil. Por isso que a cidade é um laboratório tão importante: é ali que a gente consegue ver realmente o efeito da vacina.”
Com informações do Instituto Butantan
Foto: Divulgação/ Butantan
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