Jornalismo

Claro, Vivo e TIM vencem lotes nacionais para levar 5G às escolas

A Claro e a Vivo (Telefônica Brasil) arremataram cinco dos dez lotes do tipo “G” durante o Leilão do 5G, na manhã desta sexta-feira (5).

Nestes blocos estão incluídas a prestação do serviço no âmbito nacional em escolas da educação básica.

A Claro levou os dois primeiros lotes (G1 e G2) e a Vivo, os três seguintes (G3 a G5). Os blocos de G6 a G10 não receberam propostas e foram considerados desertos. O outro lote nacional leiloado, o I6, foi arrematado pela TIM.

As três empresas de telefonia, que já atuam no mercado brasileiro, também foram as que arremataram os lotes da principal faixa do 5G, de 3,5 GHz, a chamada “faixa de ouro” por ser a mais utilizada pelo sistema no mundo. Cada empresa venceu um bloco da faixa.

Nesta sexta foram vendidos os lotes G, H, I e J. As empresas que vencerem a concorrência desses lotes deverão oferecer internet com qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico das TICs (tecnologias da informação e comunicação) nas atividades educacionais regulamentadas pela Política de Inovação e Educação Conectada. Os blocos G e I são referentes à abrangência nacional; os lotes H e J são regionais.

Nos lotes G1 e G2, a Claro ofereceu ambas as propostas no valor de R$ 52,825 milhões. Os três blocos vencidos pela Vivo foram única proposta, no valor de R$ 52.824.007,59. Nos dois casos, as empresas poderão explorar o serviço por 20 anos.

Como os lotes do tipo G foram arrematados, os lotes de I1 a I5 não foram abertos, informou a Anatel. Os lotes do tipo I dão direito à exploração da faixa de frequência (nacional) por 10 anos. O lote I6 foi vencido pela TIM, por R$ 27 milhões. Os blocos I7 a I10 foram considerados desertos por não receberem propostas.

Estimativa

A expectativa do governo era de que o edital gerasse R$ 49,7 bilhões em contratos, sendo R$ 39,1 bilhões referentes aos investimentos das empresas no cumprimento das obrigações previstas. A estimativa era fechar o leilão com R$ 10,6 bilhões de outorga, ou seja, de pagamento ao governo pelo direito de atuar no segmento, e com uma soma de investimentos de R$ 169 bilhões nos próximos 20 anos.

O primeiro dia do leilão terminou com um rendimento de R$ 6,8 bilhões. O leilão teve participação de 15 empresas.

No primeiro dia do leilão, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse acreditar que o valor de arrecadação do leilão do 5G vai ultrapassará os cerca de R$ 50 bilhões previstos inicialmente.

“Antes da live, já estava em R$ 43 bilhões. Vai passar dos R$ 50 bilhões. Até amanhã, a gente tem esse número. É o maior leilão da história das telecomunicações da América Latina inteira. Isso mostra que o Brasil, quando quer trabalhar e fazer bem-feito, ele faz.”

Internet mais rápida

As empresas vencedoras do processo terão de atender às áreas sem o serviço ou com pouco atendimento em todas as localidades com mais de 600 habitantes e com tecnologia 4G ou superior. A estimativa é de que as empresas vencedoras invistam R$ 169 bilhões nos próximos 20 anos na ampliação da infraestrutura de telecomunicações no Brasil.

O 5G vai proporcionar uma conexão de internet móvel até cem vezes mais rápida e mais econômica. De acordo com a Anatel, estão previstos “compromissos de atendimento já com tecnologia 5G” para os municípios com população superior a 30 mil pessoas.

A previsão é de que 60% desses municípios estejam atendidos até dezembro de 2027, meta que sobe para 90% até dezembro de 2028 e para 100% até dezembro de 2029. Também está prevista a construção da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal, medida considerada estratégica para a segurança nacional.

As operadoras que arrematarem capacidade na faixa de 3,5 GHz, a chamada “faixa de ouro do 5G”, também serão responsáveis pela migração da TV aberta via satélite (parabólica), que atualmente ocupa a mesma frequência. Pelo edital, as famílias que fazem parte do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal terão direito à troca gratuita do equipamento de TV parabólica por outro que não será afetado com interferências no sinal.

Para terem acesso à rede 5G, os consumidores precisarão comprar celulares compatíveis com a nova rede. Atualmente, os lançamentos no Brasil das grandes marcas de smartphones já disponibilizam a tecnologia 5G.

Com informações do Portal R7

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

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