Jornalismo

Sobe para 98 número de mortos em explosão de caminhão-tanque em Serra Leoa

Pelo menos 98 pessoas morreram e 92 ficaram feridas na explosão de um caminhão-tanque na área industrial de Freetown, capital de Serra Leoa, anunciou na noite desta sexta-feira (5) a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes (NDMA).

“Os dados fornecidos até agora indicam que um total de 98 mortes foram registradas e que 92 sobreviventes estão atualmente internados em diversos hospitais em Freetown”, informou o NDMA em um comunicado. Um relatório anterior, divulgado pelo vice-presidente deste país da África Ocidental, Mohamed Juldeh Jalloh, havia relatado 92 mortos e “88 pessoas gravemente queimadas” internadas em cuidados intensivos.

Testemunhas disseram que o caminhão-tanque explodiu em um posto de gasolina após ser atingido por outro caminhão pesado. O fogo então rapidamente se espalhou pelo local. Ao contrário do que um socorrista havia relatado inicialmente, um depósito de combustível localizado perto do acidente não explodiu, observou um jornalista da AFP.

A maioria das vítimas são vendedores ambulantes e motociclistas, atingidos pelas chamas enquanto tentavam recuperar o combustível que escapava do caminhão-tanque, disse à AFP a testemunha e socorrista voluntário Jusu Jacka Yorma.

Uma enfermeira de um hospital onde as vítimas foram atendidas confirmou à AFP que recebeu muitas mulheres, homens e crianças com “ferimentos graves”. Muitos corpos carbonizados foram encontrados meio aos destroços de carros ainda fumegantes no local da explosão e nas ruas próximas.

Apoio às famílias afetadas

Em uma mensagem postada no Twitter neste sábado (6), o presidente de Serra Leoa, Julius Maada Bio, disse ter ficado “profundamente comovido com o trágico incêndio e a terrível perda de vidas”. “Gostaria de expressar minha profunda condolência às famílias que perderam entes queridos e aos que foram gravemente feridos”, acrescentou, garantindo que seu governo “fará de tudo para apoiar as famílias afetadas”.

O escritório da ONU em Serra Leoa assegurou que, como parceiro no país, “está acompanhando de perto a situação e está pronto para acionar a resposta necessária” para ajudar o governo.

A prefeita de Freetown, Yvonne Aki-Sawyerr, por sua vez, afirmou em um comunicado postado no Facebook estar “profundamente entristecida”. “Os vídeos e fotos que circulam nas redes sociais são de partir o coração”, acrescentou Aki-Sawyerr, que lamenta não estar presente por se encontrar em viagem ao exterior.

Serra Leoa, uma ex-colônia britânica de 7,5 milhões de habitantes, é um dos países mais pobres do mundo, apesar de um solo repleto de diamantes. Sua economia, marcada pela corrupção, foi devastada por uma guerra civil (1991-2002) que deixou cerca de 120 mil mortos. A situação se agravou ainda mais após a epidemia de Ebola que assolou o país entre 2014 e 2016, a queda nos preços mundiais das commodities e a pandemia de Covid-19.

As informações são da RFI. Foto: AFP.

Cibelle Freitas
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