O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira (7) que a pasta vai se reunir com secretários de saúde para discutir, entre outros temas, a possibilidade de redução da quarentena para profissionais de saúde que testam positivo para Covid-19, o que possibilitaria o trabalho deles mesmo contaminados.
Queiroga afirmou que o Brasil “possivelmente” pode adotar a conduta, dando uma quarentena de cinco dias para profissionais de saúde assintomáticos. “Naturalmente que está em estudo na área técnica”, reforçou o ministro.
Segundo Queiroga, tanto o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) quanto países como a França já adotam a medida.
Com relação a variante Ômicron, Queiroga reforçou que esta é uma variante de preocupação: “as sinalizações apontam para casos de menor gravidade” pelo que pode ser observado em outros países. O ministro afirmou que em três ou quatro semanas poderá ser avaliado o potencial de letalidade da variante.
Marcelo Queiroga também reforçou a necessidade de se ampliar as ações com relação à influenza devido ao aumento no número de casos da doença no País, além expandir a testagem, principalmente na região Norte – devido à cobertura vacinal baixa da região e ao sistema de saúde “cronicamente mais frágil”. Queiroga garantiu que se for necessário ampliar a oferta de testes, a pasta pode fazê-lo.
Um grupo de mais de 2 mil prefeitos encaminhou ofício ao Ministério da Saúde com pedido de ajuda para enfrentar a alta de casos de Covid-19 e gripe. No documento, os municípios solicitam apoio em três frentes: ampliação da testagem rápida para Covid, da estrutura ambulatorial de atendimento e do estoque de medicamentos antigripais.
Em resposta, nesta manhã, o secretário executivo do Ministério, Rodrigo Cruz, informou que haverá reforço na testagem e frisou a importância de priorizar a atenção primária. O Ministério da Saúde vai distribuir aos municípios na próxima semana mais 6 milhões de testes do tipo antígeno de um total de 30 milhões para janeiro
Sobre o cancelamento do carnaval em vários Estados, Queiroga declarou que o Ministério nunca estimulou “grandes eventos”. O ministro aproveitou para voltar a criticar o passaporte vacinal. Segundo Queiroga, antes da variante Ômicron, várias regiões planejavam “grandes festas” de réveillon e carnaval, usando como argumento a adoção do passaporte vacinal. “Passaporte sanitário não é salvo-conduto para fazer essas grandes aglomerações festivas”, afirmou.
De acordo com o ministro, o interesse da pasta, ao invés de realizar grandes festividades, é de que a economia “não pare”, por isso, para o governo, “fica muito fácil” defender sua posição contra este tipo de evento “porque sempre foi a posição do governo”.
Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul
Foto: Arquivo/ Agência Brasil
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