Jornalismo

Anvisa adia decisão sobre autotestes de Covid e cobra mais informações

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) adiou a decisão sobre o uso dos autotestes no Brasil, nesta quarta-feira (19), considerando que a nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde à reguladora não atendeu à necessidade de vir acompanhada por uma política pública em apoio à testagem.

O tema deverá ser definido em 15 dias a partir de uma diligência com coleta de dados e reuniões com o ministério.

O voto da relatora, a diretora Cristiane Rose Jourdan, possibilitava uma deliberação sobre o tema, mesmo sem apoio da política pública, em razão da situação de emergência de saúde e o recrudescimento da pandemia da Covid-19.

Ela sugeriu a abertura de processo regulatório e deliberação de resolução de diretoria colegiada que dispõe sobre o registro de dispositivos de autotestes e entendeu “como sendo importante a incorporação regulatória dos autotestes como medida adicional de maior acesso à testagem pela população e, consequentemente, da possibilidade de maior controle da pandemia”.

Por outro lado, Cristiane ponderou que a Procuradoria Federal junto à Anvisa não reconheceu a nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde como sendo uma formalização de política pública, medida exigida pela RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 36/2015.

A citada resolução proíbe a realização de autotestes em caso de doenças infectocontagiosas cujas notificações são compulsórias. Este é o caso da Covid-19.

A regra pondera a possibilidade de concessão da autorização caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Portanto, segundo Cristiane, o documento enviado pelo ministério “não atenderia a premissa regulamentar para ensejar uma regulamentação por parte dessa Anvisa”. Como alternativa para conseguir aprovar o uso e venda dos autotestes, mesmo com a limitação argumentada, a agência elaborou uma proposta regulamentatória que seria votada pelos diretores.

No entanto, o diretor Rômison Mota sugeriu que a votação fosse suspensa, colocando como alternativa as diligências junto ao Ministério da Saúde, em busca de informações para sanar as dúvidas e gargalos, e estabelecendo o prazo de 15 dias para decidir sobre a aprovação dos autotestes.

“Não há a formalização dessa política pública e considero que tal formalização é condição para que seja afastada a vedação disposta por essa mesma Anvisa […] sob pena de incorrer na ilegalidade de seus atos”, defendeu Mota. A sugestão foi acompanhada pelos demais diretores.

Com informações do Portal R7

Cruzeiro FM
Compartilhar

Notícias recentes

1º edição do concurso Ilumina Sorocaba está com inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para a primeira edição do concurso “Ilumina Sorocaba”, ação que visa…

7 horas atrás

Alunos da rede estadual de Franca criam teste rápido para ‘boa noite, Cinderela’

Um grupo de cinco estudantes da Escola Estadual Mario D’Elia, em Franca, desenvolveu um protótipo…

9 horas atrás

Com ampliação no atendimento, DDMs de SP se mobilizam pelo fim da violência contra a mulher

As Delegacias de Defesa da Mulher, da Polícia Civil de São Paulo, estão mobilizadas na…

11 horas atrás

Mobilidade Urbana com Renato Campestrini 22/11/2024

O advogado especialista em trânsito e mobilidade urbana, Renato Campestrini, fala sobre os perigos para…

22 horas atrás

Coleta de plasma bate recorde em dez meses de 2024, diz Hemobrás

De janeiro a outubro de 2024, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) coletou…

1 dia atrás

Acordo Paulista: Governo de SP promove mutirão presencial para regularização de débitos em atraso

Para incentivar o pagamento de débitos inscritos em dívida ativa e regularizar a situação de…

1 dia atrás