O presidente Jair Bolsonaro (PL) sobrevoou, por volta do meio-dia desta terça-feira (1º), áreas atingidas pelas chuvas na Região Metropolitana de São Paulo. O chefe do Executivo deixou o Palácio do Planalto por volta das 8h e seguiu para o território paulista.
O número de mortos após os temporais no estado já ultrapassa 24, e há cerca de 660 desabrigados ou desalojados.
“Lamentamos as mortes. Sabemos que, muitas vezes, as pessoas constroem a sua residência por necessidade em um local que, 10, 20, 30 anos depois, o tempo leva a desastres”, afirmou o presidente, após sobrevoar as áreas atingidas.
No início desta tarde, Bolsonaro se reuniu com representantes das cidades de Caieiras, Cajamar, Franco da Rocha, Mairiporã, Várzea Paulista e Francisco Morato, as mais atingidas pelo volume das chuvas dos últimos dias.
Ele destacou que as prefeituras atingidas podem decretar estado de calamidade para pedir ao Ministério do Desenvolvimento Regional a liberação de recursos e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Não foram divulgados valores que poderão ser disponibilizados pelo governo federal aos municípios, durante a reunião. “No tocante ao montante, os prefeitos apresentam suas necessidades e nós faremos todo o possível para atendê-los”, afirmou Bolsonaro.
O presidente fez a visita ao lado dos ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), João Roma (Cidadania), Luís Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência da República), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas e dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Capitão Derrite (PP-SP).
Adversário do presidente, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nas redes sociais que a visita de Bolsonaro, neste momento, é “bem-vinda”.
Bolsonaro já havia afirmado que não se oporia a colaborar com o adversário político. “Todos que quiserem colaborar, estamos à disposição. É o nosso dever colaborar com qualquer cidadão brasileiro em qualquer parte do nosso território. Sabemos que tem algo irreparável, que tem mortes, mas o Brasil está fazendo sua parte”, argumentou.
O governo de São Paulo enviou ao governo federal um requerimento pedindo R$ 471 milhões para socorro às vítimas das enchentes. Questionado sobre o tema, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que o pedido foi de forma errada e que João Doria, governador do estado e rival político de Bolsonaro, tem esse conhecimento.
“Quanto ao pedido do governador: ele sabe [de] que forma deve fazer essa solicitação. Não é a Defesa Civil, não é dessa forma. Ele tem que endereçar ao Orçamento-Geral da União e essa discussão se dá no ano que antecede [à elaboração do orçamento]. Eu tenho certeza que o governador tem essa informação”, argumentou Marinho.
De acordo com o ministro, o ofício emitido pelo governo paulista trata de obras que dizem respeito à previsão orçamentária. “Obras que não dizem respeito ao momento que estamos vivendo. Agora a necessidade é tratar das pessoas e isso é ação emergencial”, complementou.
O titular destacou que Bolsonaro emitiu medida provisória com valor de R$ 1,8 bilhão para atender questões ligadas às chuvas em todo o país. Dessa quantia, R$ 400 milhões vão para o Ministério da Infraestrutura, R$ 700 milhões, para o da Cidadania, e mais de R$ 500 milhões, para o do Desenvolvimento Regional.
Com informações do Portal R7
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