Jornalismo

Queiroga rebate Doria e diz que quarta dose é decisão do ministério

Após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar que adotará a aplicação de uma quarta dose contra a Covid-19, independente do aval federal, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quarta-feira (9), que esta é uma decisão técnica que compete ao Ministério da Saúde e que o anúncio do governador paulista é mais uma “interferência”. 

“O governador de São Paulo e outros chefes do executivo, sejam de estados ou municípios, muitas vezes interferem no processo decisório a respeito da imunização. Às vezes são interferências oportunas, mas essas questões devem ser discutidas no âmbito do Ministério da Saúde, que é quem lidera esse processo e tem a obrigação de garantir aos brasileiros esse direito”, afirmou Queiroga, em conversa com jornalistas na Câmara dos Deputados.

Com as vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os entes federados têm autonomia para realizar aplicações. No entanto, o ministro ressaltou que quem tem feito as compras e distribuições é o governo federal, dando a entender que, de uma forma ou de outra, os gestores locais precisam seguir as orientações do ministério. “O programa é gerenciado pela Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19). E as doses são entregues conforme as decisões de natureza técnica. Então, se cada um quiser seguir de uma forma, o que vai acontecer?”, questionou Queiroga.

Indagado sobre um possível efeito cascata de outros governadores decidirem por conta própria sobre a incoporação de uma quarta dose, o ministro foi enfático: “Eu não temo nada. Estou preparado pra fazer política pública. Temos que passar pra uma mensagem de equilíbrio, de tranquilidade pra avançarmos juntos seguindo uma orientação central baseada na evidência científica de melhor qualidade”. 

Por enquanto, o Ministério da Saúde descarta a aplicar de uma quarta dose da vacina contra a Covid-19, mas é possível que a aplicação seja a “dose de 2022” do imunizante. Em São Paulo, a adoção da medida também não será imediata, mas a perspectiva é de uma dose adicional para os próximos meses. 

Com informações do Portal R7

Foto: Arquivo/ Agência Brasil

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