Sorocaba ocupou o 32ª lugar no Índice de Cidades Empreendedoras deste ano. O relatório realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com apoio da Endeavor, aponta que o município caiu 20 posições em comparação ao estudo feito em 2017. Além disso, a Manchester Paulista se tornou mais burocrática para empresários nos últimos cinco anos. A cidade caiu 53 posições no quesito ambiente regulatório e agora ocupa o 82ª lugar na lista.
A pesquisa da Enap seleciona, anualmente, os 101 melhores municípios do País para se empreender e analisa sete importantes vertentes para quem pretende abrir negócio na cidade: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso à capital do Estado, inovação, capital humano e cultura empreendedora. A última avaliação revelou que a capital paulista ainda é considerada a mais atrativa do Brasil para empreendedores.
No interior do Estado de São Paulo, São José dos Campos foi a mais bem classificada, ocupando a 7ª posição. Sorocaba, por sua vez, aparece em 32º lugar na lista. Isso se deve ao fato de a cidade apresentar queda em cinco das oito vertentes. O município desceu 24 posições no ranking de capital humano, que avalia a mão de obra básica e a mão de obra qualificada, chegando a 35ª colocação.
Em 2017, Sorocaba ficou em 1º lugar em termos de mercado, ocupando o topo da lista. Cinco anos depois, o resultado não é tão satisfatório como o esperado, a cidade agora ocupa 21ª posição. Na infraestrutura, o município passou de 2º lugar para 21º. O acesso a capital, que já não ocupava uma posição proeminente, foi da 31ª posição para 39ª.
Por outro lado, a cidade conseguiu alavancar a cultura empreendedora em 13 posições, conquistando o 13º lugar. Outro ponto positivo foi para a inovação. que subiu do 15º lugar para o 13º.
O economista Geraldo Almeida lembra que Sorocaba ocupou a 8ª posição do ranking Cidades Empreendedoras de 2016. Para ele, o histórico regressivo da cidade nas pesquisas serve como uma “lição de casa” para pensar em novas políticas municipais. “É preciso tratar a cidade com carinho e pensar a longo prazo. A construção da cidade precisa ser bem roteirizada e não pode mudar conforme os interesses. O investidor que acessa a pesquisa pensa: ‘Poxa, os indicadores caíram. Aconteceu alguma coisa’. Isso é muito triste”, explicou.
Almeida diz ainda que o momento é de alerta para o setor econômico da cidade. Para ele, apesar de os índices terem caído muito, ainda é possível recuperar a boa reputação de Sorocaba. “É como se um aluno que recebeu um livro didático o tivesse guardado no armário. Não há boas notas sem estudo. É disso que o município precisa, um estudo que analise todas as duas necessidades e aprimore o que seja necessário”, finalizou.
O Cruzeiro Sul questionou a Prefeitura de Sorocaba sobre os baixos indicadores da cidade no último relatório. Em resposta, a Administração Municipal disse que trabalha um novo Plano Diretor, a fim de desenvolver outros trabalhos de modernização e desburocratização dos serviços junto aos empresários e empreendedores, incentivando, ainda mais, os investimentos e a geração de emprego na cidade. De acordo com o poder Executivo, a cidade teve 18.890 empresas instaladas em 2021, sendo elas dos setores agropecuária, comércio, construção civil, indústria e serviços.
Reportagem de Wilma Antunes – Jornal Cruzeiro do Sul
Foto: ARQUIVO JCS/ FÁBIO ROGÉRIO
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