A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 44,5 bilhões nos primeiros três meses de 2022. O resultado representa um salto de rentabilidade superior a 3.000% em comparação com o mesmo trimestre de 2021, quando a estatal teve um ganho de R$ 1,3 bilhão, impactada pela pandemia de Covid-19. O balanço financeiro foi divulgado pela companhia, nesta quinta-feira (5).
A receita de vendas da estatal foi de R$ 141,6 bilhões no primeiro trimestre, segundo o balancete. Cerca de 80% dos ganhos do período foram provenientes das atividades de Exploração e Produção (E&P) e 20% decorrem de ganhos provenientes dos demais segmentos, como refino.
“Este resultado financeiro deve-se ao fato de termos agora uma Petrobras saneada, que reduziu os encargos com pagamento de dívida, investe com responsabilidade e opera com eficiência. Por isso, é possível gerar esse retorno importante para o acionista, em especial a sociedade brasileira, representada pela União. Tudo isso gera desenvolvimento econômico em toda a cadeia produtiva, gerando emprego, renda e arrecadação de tributos para o país”, destaca o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho.
O resultado foi impactado principalmente pela escalada do dólar e pelo elevado custo do Petróleo nos últimos meses. A moeda americana fechou no mercado nacional, nesta quinta-feira (5), com um custo superior a R$ 5. Já o Brent, índice que determina o custo do barril de petróleo no exterior, beirou os US$ 140 em meados de março, influenciado pelas tensões geradas pela guerra na Ucrânia. Atualmente, o indicador está em US$ 111.
Para o coordenador do MBA em Gestão Financeiro da FGV, Ricardo Teixeira, a gestão da Petrobras é feita com “eficiência” ao longo das últimas gestões. Ele explica, que apesar do cenário favorável, caso mal administrada, a companhia poderia não ser lucrativa.
“Atualmente, a Petrobras é eficiente e muito lucrativa. No quesito financeiro, a companhia é muito eficiente, até porque nem todas as empresas de petróleo no mundo tiveram lucro, sendo que todas vivenciaram o mesmo cenário no primeiro trimestre. A gestão da Petrobras é muito boa, essa é a parte econômica. Já a questão social, é outro cenário, precisa ser analisado com cautela para saber se deveria ou não repassar todos os reajustes para a população”, explicou Teixeira.
Com informações da CNN Brasil.
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