Desde o dia 21 de outubro de 2021, Sorocaba conta com um serviço de extrema importância social e humana, que é a Escuta Especializada para crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência e abuso sexual.
Trata-se de uma parceria entre as secretarias da Cidadania e da Saúde com o hospital do Gpaci.
No lastro desse importante serviço, estão também o Ministério Público, o Conselho Tutelar e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, conhecido pela sigla CMDCA.
Em seu lançamento, esse serviço era inédito no município como, também, pioneiro em todo o Estado de São Paulo.
Constituída por uma equipe técnica especializada, na qual estão incluídos médicos, assistentes sociais e psicólogos, a Escuta Especializada tem como objetivo fundamental, ético e humanitário, fazer com que crianças e adolescentes possam relatar a situação vivenciada uma única vez, a fim de evitar um eventual aprofundamento do trauma sofrido.
Depois disso, eles são encaminhados para todos os serviços necessários, que compõem uma rede de proteção social para a reconstituição da vida.
O Conselho Tutelar é o responsável, num primeiro momento, para o encaminhamento dessas crianças e adolescentes em vulnerabilidade social para o serviço de Escuta Especializada.
No entanto, essa responsabilidade social prolonga-se também para escolas, rede de atendimento em saúde, Delegacia de Defesa da Mulher, entre outros serviços estabelecidos para esse fim.
Em entrevista nesta semana, no Jornal das Cinco, a promotora da Infância e Juventude de Sorocaba, Cristina Palma, reforçou a importância da Escuta Especializada, principalmente no que tange às crianças vítimas de violência.
Ao mesmo tempo em que ela fez uma análise da redução dos casos durante a pandemia, ela também afirmou que, passado esse período mais obscuro da história da humanidade, houve, infelizmente, uma explosão de casos de violência contra criança e adolescente, principalmente dentro da família.
Parentes envolvidos nessas histórias são os casos mais comuns e é um dado, na observação da promotora, muito importante, pois traz à luz da Justiça exemplos de padrastos, pais e tios como os principais agressores.
Numa primeira análise, a promotora enfatiza que esse tipo de violência imposta a uma criança, em particular, provoca um colapso no desenvolvimento saudável dela.
Assim, o serviço de Escuta Especializada veio como um passo importante para a evolução do ser humano, já que, por meio desse atendimento a uma criança, é possível minimizar os danos causados a ela em função de uma agressão física ou mental.
De acordo com Cristina Palma, a criança tem o direito previsto em lei a brincar, a desenvolver-se física e psicologicamente e com segurança, respeitando-se essa fase de transformação da pessoa.
Ela enfatizou que a sociedade precisa parar de incentivar toda a forma de exploração infantil, e isso inclui tudo.
O serviço de Escuta Especializada está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, sempre pronto a receber todos os casos.
E, dois casos mais recentes de violência a criança estão no topo desse debate.
Um deles é aquele em que o pai de uma bebê de 8 meses, morta no domingo passado, em Piedade, confessou ter assassinado a própria filha.
Em depoimento à polícia, ele disse ter arremessado a criança contra a parede por mais de cinco vezes.
Ele disse à polícia que chegou embriagado de uma festa e não tolerou o choro da criança que havia sido colocado pela mãe no berço.
Devido a isso, ele pegou a filha e arremessou-a contra a parede por cerca de cinco vezes, resultando na morte da bebê.
O outro caso é o daquela juíza de Santa Catarina que não autorizou que uma menina de 11 anos, vítima de estupro, pudesse fazer o aborto assistido.
Casos como estes ainda usurpam a infância de crianças e o desenvolvimento emocional e físico de adolescentes vítimas da violência.
Por tanto, apesar do serviço disponibilizado em Sorocaba numa parceria do município com o Gpaci, que é referência no atendimento em saúde de crianças e adolescentes, é de suma importância que a população contribua com essa causa.
E, para isso, vale denunciar às autoridades ocorrências de violência que envolvam, em especial, crianças e adolescentes.
E, não menos importante, é o protagonismo das administrações públicas que têm a obrigação de continuarem a desenvolver ações prioritárias no atendimento a crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, a fim de mantê-las em proteção social.
Só assim vamos conseguir reverter este triste quadro.
Cruzeiro FM, número um em jornalismo!!!
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