O marca-passos é um dispositivo de aplicação médica que tem o objetivo de regular os batimentos cardíacos. O aparelho, utilizado por cerca de 300 mil brasileiros, segundo dados do Censo Mundial de Marca-passos e Desfibriladores, é composto geralmente por titânio e fios condutores, responsáveis por levar os impulsos elétricos ao coração.
Contudo, o visual e a eficiência da tecnologia podem mudar graças a uma adaptação realizada pela Medtronic, empresa de tecnologia médica dos EUA. A companhia lançou o primeiro dispositivo sem os característicos cabos eletrodos. O novo design também impressiona pelo tamanho – são apenas 20mm de comprimento, similar a uma cápsula de vitamina, pesando menos de 2g.
Com essas medidas, o chamado Micra se classifica como o menor marca-passo do mundo!
Com o tamanho minúsculo, o implante se torna minimamente invasivo, não sendo necessário cortes e nem anestesia geral. Ele é colocado pela veia femoral, localizada na perna do paciente e direcionado até o coração. Os marca-passos tradicionais deixam uma elevação visível na pele, no caso do Micra, a discrição é preservada, dando liberdade aos pacientes que não ficam com traumas estéticos.
Alem disso, a inexistência de eletrodos reduz o risco de infeção grave causada pelo contato dos cabos com a corrente sanguínea e elimina também as infecções da pele do tórax no local do implante. O maior benefício, no entanto, está na performance do equipamento, e de como ele preserva o sistema venoso – área responsável por transportar o sangue desoxigenado para o coração.
De modo geral, isso quer dizer que, além de eliminar o risco de infecção, a área venosa fica conservada para a necessidade de tratamentos futuros, como hemodiálise ou quimioterapia. Outro destaque é a durabilidade da bateria, de até 12 anos. A maioria dos dispositivos convencionais têm durabilidade de 6 a 8 anos em média.
O procedimento com o Micra já foi realizado em outros países e tem se mostrado muito seguro e com baixas taxas de complicações. Considerado o mais revolucionário do mercado, há poucos especialistas aptos para implantar o equipamento (principalmente no Brasil). Além disso, a inovação ainda não está incorporada no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e nem no SUS (Sistema Único de Saúde).
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