Em São Paulo, pelo menos 15% das pessoas com deficiência nunca tiveram emprego formal.
Esse percentual faz parte de uma pesquisa inédita realizada no ano passado pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e que revelou que a falta de oportunidades e a avaliação dos profissionais pelas deficiências continuam sendo as principais resistências para a inclusão no mercado de trabalho.
Os resultados apresentados mostram que, entre 8.464 pessoas com deficiência entrevistadas, em 282 municípios, 15% delas afirmaram que nunca tiveram um emprego formal.
A pesquisa “Pessoa com Deficiência e Emprego”, feita entre os dias 15 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro de 2021, trouxe a informação de que 35% de desempregados no grupo entrevistado, formado por 4.200 mulheres e 4.264 homens, todos estavam em idade produtiva.
Outro fator identificado na pesquisa e que chamou bastante a atenção foi que 85% dos entrevistados tinham interesse em se qualificar profissionalmente.
Metade deles prefere o aprendizado via on-line, em especial no período noturno.
A pesquisa tem ajudado a secretaria a tomar atitudes e promover encontros para entender os obstáculos enfrentados pela população com deficiência e, assim, colaborar para a realização de projetos voltados para esse público e incluí-los no mercado de trabalho.
De acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), em São Paulo há cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas com deficiência em idade produtiva, porém, somente 1% está empregado, ou seja, aproximadamente 166 mil pessoas.
São pessoas que não estão sendo empregadas para melhorar a geração de renda e o PIB do Estado.
E para quebrar esse ritmo, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência promove diversas ações voltadas para as pessoas com deficiência.
Ontem, a secretária da pasta, Aracélia Costa, participou do Jornal da Cruzeiro e afirmou que cada pessoa tem sua capacidade, talento e aptidões e precisam ser explorados pelo mercado de trabalho.
De acordo com ela, a classe empresarial precisa compreender que a legislação de cotas define um número específico para a contratação de pessoas com deficiência, porém, elas precisam ser mais bem aproveitadas e não apenas estarem na empresa para que o empresário cumpra a legislação.
Assim, é importante que as oportunidades sejam abertas para esse público também.
Ontem, a secretária participaria de um encontro com o prefeito da cidade de Tatuí, que fica na Região Metropolitana de Sorocaba, e com a Secretaria da Saúde do município para discutir as políticas públicas e conseguir avançar na inclusão e mais acessibilidade aos munícipes com deficiência.
Em Cesário Lange e em Pereiras, a secretaria vai entregar duas academias adaptadas que fazem parte do programa chamado Cidade Acessível.
Todas essas ações são para promover a inclusão, de modo que as pessoas com deficiência possam ter mais qualidade de vida.
A ONU (Organização das Nações Unidas) vem conseguindo, ao longo dos anos, mudar a forma como a sociedade vê uma pessoa com deficiência.
Conforme exemplificou a secretária Aracélia Costa, há algum tempo, a sociedade via as deficiências como um problema exclusivo da pessoa, mas agora, com o decorrer do tempo, com tecnologias surgindo e barreiras sendo vencidas, a sociedade começa a ver que o problema da deficiência é de todos.
Então, a sociedade precisa também melhorar as relações com essas pessoas, como, por exemplo, otimizar a comunicação.
O objetivo da secretaria é fazer com que o Estado de São Paulo mude o olhar e que as barreiras sociais sejam derrubadas.
Desse modo, a acessibilidade urbana é fundamental para corrigir muitas coisas que, ao longo do tempo, colocava o deficiente à margem do contexto social.
O governo do Estado investiu, neste ano, cursos específicos para preparar os professores a aprenderem a linguagem de libras e, principalmente, o atual curso que ensina como atender o aluno com deficiência visual trazendo quase 30 mil professores para essa formação.
Contudo, a rede é grande e os desafios nesse segmento também são, porém, as tecnologias e a mudança de paradigmas têm ajudado a sociedade a avançar nesse contexto da inclusão das pessoas com deficiência.
Para que essas questões sejam solucionadas é imperativo a união de todos, incluindo governos municipais e estadual, além da população como um todo.
A secretária destacou que o Estado hoje tem buscado melhorar a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, na educação e na sociedade.
A sensibilização das empresas e a qualificação profissional são essenciais para mudarmos essa realidade, que já traz uma face melhor, porém, há muito ainda a ser feito, em especial otimizar as informações sobre as políticas inclusivas do Estado.
Façamos todos a nossa parte!
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