Há muito tempo, muitos sorocabanos queixam-se da falta de remédios de alto custo, que devem ser disponibilizados pelos governos federal e estaduais.
A falta desses medicamentos causa uma série de transtornos ao paciente e a seus familiares que precisam se desdobrar para conseguir comprar o remédio, que está em falta, e que irá salvar a vida de seu ente querido.
Em casos extremos, quando o valor do medicamento é exorbitante, entra nessa luta pelo direito à vida a ação da Justiça.
Nessas situações, o juiz determina que o Estado cumpra sua obrigação e disponibilize, imediatamente, o remédio de que a pessoa precisa.
Os medicamentos considerados de alto custo são aqueles que, normalmente, são utilizados no tratamento de doenças crônicas, tais como câncer, hepatite, HIV, asma, doenças cardiovasculares, entre outras.
É comum que esses remédios devam ser usados continuamente, devendo, portanto, ser adquiridos na rede ou comprados por diversas vezes.
Tais medicamentos podem chegar a custar centenas ou milhares de reais, o que justifica a classificação de alto custo e, também, a dificuldade de as pessoas, de modo geral, não terem o acesso a esses remédios por recursos próprios.
Por isso, os remédios de alto custo são distribuídos gratuitamente pelo SUS.
No Brasil, há o Programa Farmácia Popular, que é mantido pelo Ministério da Saúde, e cuja função é garantir o acesso gratuito a medicamentos de alto custo para doenças como, por exemplo, asma, diabetes e pressão alta.
Para enfermidades como osteoporose, Parkinson e glaucoma, o programa subsidia até 90% do preço dos medicamentos.
Em Sorocaba, a farmácia de alto custo do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, o CHS, é a responsável pela distribuição na cidade, porém, tem sido comum a falta de remédios.
Pessoas que necessitam desse serviço perdem horas do dia, aguardando na porta da farmácia um atendimento mais adequado e humano por parte de funcionários e da própria infraestrutura do local.
Ficar em um ambiente de saúde por horas para descobrir posteriormente que não conseguirá o atendimento nem mesmo o medicamento de que precisa é frustrante para o cidadão que já sofre por conta da doença.
Desde janeiro deste ano, por exemplo, o jornal Cruzeiro do Sul e a rádio Cruzeiro FM 92,3 divulgam histórias de dramas vividos por sorocabanos que sofrem com o descaso da saúde pública para conseguir as medicações receitadas pelos médicos.
Esse problema, aliás, como dito anteriormente, é de longa data.
E não é incomum deparar com histórias de pessoas que estão na fila há mais de um ano para conseguir retirar o remédio na farmácia de alto custo.
A situação é recorrente entre os pacientes, pois a cada vez que uma matéria sobre o assunto é publicada, os comentários no portal e nas redes sociais do jornal e da rádio tornam-se espaço para desabafo e expectativa de solução do caso.
Atualmente, a farmácia de alto custo do CHS tem a gestão do Seconci que, segundo a diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS-16), Kely Schettini, em entrevista no Jornal da Cruzeiro desta semana, tem conseguido resolver muitas questões.
Mas, como admitiu o médico Bruno Toldo, gerente geral do CHS, em entrevista hoje no Jornal da Cruzeiro, trata-se de uma situação complexa, porém, a entidade vem atuando de maneira focada, a fim de solucionar a questão.
Como sugestão para descentralizar o atendimento na farmácia de alto custo, Kely Schettini cita exemplos como as administrações públicas de Itapetininga, Itapeva e Votorantim, que passam na farmácia de alto custo, pegam uma determinada quantidade de remédios e a distribui em sua rede básica de saúde.
Sorocaba ainda não faz isso, porém, como reforçou a diretora do DRS-16, apesar de não ser a solução definitiva ao problema, tem ajudado muitos pacientes daquelas cidades a evitarem longas caminhadas e jornadas para obter os remédios necessários.
Apesar disso, Sorocaba conta com um sistema próprio para a consulta de medicamentos disponibilizados nas Unidades Básicas de Saúde, por meio do site sorocaba.sp.gov.br na opção “Medicamentos Disponíveis”.
Nessa aba, a pessoa fica sabendo quantas unidades e em quais postos de saúde tem o medicamento de alto custo procurado.
Contudo, somente isso não basta, é necessário que os governos federal, estaduais e municipais enfrentem esse problema juntos, com a finalidade de implementar uma sistemática eficiente que trabalhe a favor do cidadão, e não se tornando mais um martírio na vida dessas pessoas.
Em pleno século 21, com tecnologias tão avançadas, é inadmissível que o cidadão tenha de ser submetido a uma pena tão cruel para continuar vivendo.
É obrigação dos Poderes Públicos cuidarem da saúde de seu povo.
Cruzeiro FM, com você o tempo todo!!!
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