Sorocaba registrou, desde o início do ano, 13 surtos e 18 casos confirmados de catapora – nome popular da varicela. A última vez que a cidade teve quadros de infecção causado pelo vírus varicela-zóster foi em 2019 (51 casos e 19 surtos). Nos anos de 2020 e 2021, nenhum caso foi registrado.
Segundo a Prefeitura de Sorocaba, “neste momento, há um surto registrado, e o paciente está bem e estável. Vale lembrar que, no caso da varicela, um único caso confirmado já é considerado surto. Desde 2019, houve quatro internações e nenhum óbito foi registrado no período”.
A prefeitura informou também que, até o dia 14 de dezembro, foram aplicadas 16.550 vacinas – número bem parecido com os últimos anos (em 2021 foram 15.656 doses; em 2020, 16.860, e em 2019, 14.183).
Em Sorocaba, como não há a tetraviral, a vacina da varicela está sendo aplicada separadamente da conta o Sarampo, Caxumba e Rubéola (SCR). Ela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, das 8h às 16h, sendo a que a primeira dose deve ser aplicada aos 15 meses e a segunda aos 4 anos.
No Brasil, os mais atingidos pela doença são crianças e não vacinados. Isso porque, ao pegar a doença uma vez – o que geralmente acontece na infância, já que o vírus é altamente contagioso e circula com facilidade em creches e escolas -, a pessoa se torna imune.
A tetraviral (SCR-V) está disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI) e protege contra catapora, caxumba, sarampo e rubéola. Ela deve ser aplicada em duas doses: uma aos 15 meses de idade e outra aos quatro anos.
Segundo a Fiocruz, responsável pela produção nacional do imunizante, a primeira dose da vacina já garante proteção de 85% contra a catapora e, com a segunda, a proteção é de 97%. Assim, caso ocorra a infecção pelo vírus, os sintomas tendem a ser mais leves e não evoluir para quadros graves que demandem hospitalização.
Além da tetraviral, existe ainda uma vacina de bloqueio que pode ser tomada por pessoas que tiveram contato recente com pessoas infectadas, e é ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os sintomas mais comuns da catapora são o aparecimento de manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo, coceira, febre baixa a moderada com duração média de quatro dias, mal-estar, cansaço, dor de cabeça e perda de apetite. Geralmente, eles começam entre 10 e 21 dias após o contágio.
Geralmente, o diagnóstico da doença é feito após um exame clínico. No entanto, como a catapora tem os mesmos sintomas que a Mpox (novo nome para a MonkeyPox), em alguns casos é preciso fazer um teste sorológico para confirmar a doença e receber indicações corretas de tratamento.
Em geral, não há um tratamento específico para catapora. Os infectologistas recomendam ter cuidado com a higiene da pele, lavando-a regularmente com água e sabão. Além disso, é importante cortar bem as unhas e não coçar lesões, pois aumenta o risco de infecções secundárias por bactérias.
Caso o paciente tenha febre, o uso de ácido acetilsalicílico deve ser evitado, pois pode gerar complicações. Em quadros graves da doença, o uso de um medicamento chamado aciclovir pode ser indicado, mas isso depende de avaliação médica. Também é importante isolar o paciente por sete dias a partir do aparecimento das lesões de pele, para evitar a transmissão.
Com informações da Prefeitura de Sorocaba e G1
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